domingo, julho 14, 2013

Os limites da Tolerância


Os limites da Tolerância



Quando se fala de Tolerância, é freqüente vir à baila a questão dos seus limites. Existe alguma tendência para se considerar existir algo de contraditório entre a Tolerância e a consideração de existência de limites á mesma. A meu ver, esta é uma falsa questão, que um pouco de reflexão facilmente resolve.

Antes do mais, é preciso entender que o conceito de Tolerância se aplica a crenças, a ideias, ao pensamento e respetiva liberdade, às pessoas e sua forma, estilo e condições de vida, mas nada tem a ver com o juízo sobre atos. Cada um de nós deve tolerar, aceitar e respeitar, independentemente da sua diferença em relação a si e ao seu entendimento, a crença alheia, as ideias e o pensamento de outrem, pois a liberdade de crença e de pensamento são expressões fundamentais da dignidade humana. Cada um de nós deve tolerar, aceitar e respeitar o outro, quaisquer que sejam as diferenças que vejamos nele em relação a nós, porque o outro é essencialmente igual a mim, não ferindo essa essencial igualdade as particulares diferenças entre nós existentes. Mas não é do domínio da Tolerância o juízo sobre os atos. O juízo sobre atos efetua-se em função da moral e das regras sociais e legais vigentes.

Explicitando um pouco mais: tenho o dever de aceitar alguém que pense de forma diferente da minha, que tenha uma crença religiosa diferente da minha, uma orientação sexual diferente da minha, um estilo de vida diferente do meu. Mas já não tenho idêntico dever em relação a atos concretos desse outro que se revelem violadores da lei, da moral ou da própria noção de Tolerância. Designadamente, não tenho que tolerar manifestações de intolerância em relação a mim, às minhas crenças e convicções, tal como não só não tenho que tolerar como não devo fazê-lo atos criminosos, cruéis, degradantes ou simplesmente violadores das consensuais regras de comportamento social.

Temos o dever de tolerar, de aceitar, a diferença - no estilo, nas idéias, nas crenças, no aspeto ou nas condições individuais. Por outro lado, temos o direito e o dever de ajuizar, de exercer o nosso sentido crítico, relativamente a ações concretas.

Ninguém vive isolado da Sociedade e todos têm de cumprir as regras sociais que viabilizam a sã convivência de todos com todos. Conseqüentemente, é uma simples questão de bom senso que devemos aceitar, valorizar, integrar as diferenças. Quem é diferente, tem direito a sê-lo. Quem pensa diferente, tem o direito de assim fazer. Mas, por outro lado, o direito à diferença não legitima a atuação desconforme com as regras sociais, legais, morais, em vigor na Sociedade em causa. Ninguém pode pretender só gozar das vantagens sem suportar os inconvenientes. Quem vive em Sociedade tem o direito de exigir que esta e os demais aceitem as suas diferentes idéias, conceções, condição. Mas tem o correlativo dever de respeitar as normas sociais, legais e morais vigentes. Se o não quiser fazer, deve afastar-se para onde vigorem normas que esteja disposto a seguir.

As Sociedades evoluem e é bom que assim seja. Também por isso é inestimável e rica a diferença. Também por isso devemos aceitá-la e aceitar que quem defende idéias ou conceções ou condições diversas da norma procure convencer os demais da bondade das suas escolhas. Isso é Liberdade, isso é Democracia. Nem uma, nem outra subsistem sem a indispensável Tolerância da Diversidade. Mas precisamente por isso - afinal porque quem quer e merece ser respeitado tem o dever de respeitar - o direito de defesa das idéias e convicções, o direito a tentar convencer os demais, o direito a pregar a evolução pretendida, não se confunde com qualquer pretensão de agir como se pretende, se em contrário da lei, do consenso social, da postura moral da Sociedade em que se está inserido.

Resumindo: a Tolerância obriga a respeitar a Diversidade e a diferença; impõe a aceitação da divulgação, da busca de convencimento, mesmo da propaganda das idéias ou conceções diversas. Mas não que se aceitem condutas prevaricadoras do que está legal e socialmente vigente - enquanto o estiver. Por isso entendo que os domínios da Tolerância e do Juízo sobre os atos concretos são diferentes. As idéias, as conceções, as condições confrontam-se, debatem-se, mutuamente se influenciam, enfim interagem no domínio da Liberdade e, assim, da mútua Tolerância. Os atos, esses, necessariamente que têm de respeitar o estabelecido enquanto estabelecido estiver. Se assim não for, o que é aplicável à violação do consenso social não é a Tolerância - é a Justiça, seja sobre a forma de Justiça formal, seja enquanto censura social seja no domínio do juízo individual.

Portanto, onde tem lugar a Tolerância, esta não tem limites. Onde há limites, sejam legais, sejam de normas sociais ou morais, não se está no domínio da Tolerância, mas no domínio do tão justo quanto possível juízo concreto sobre atos concretos.

Rui Bandeira

domingo, julho 07, 2013

Caixeiro Viajante

Caixeiro Viajante



Um rapaz simpático, educado, de bons hábitos e bem sucedido na vida, exercendo a profissão de caixeiro viajante, resolveu comemorar o seu noivado num restaurante discreto e aconchegante em uma cidade com as mesmas qualidades.
Como já houvesse viajado muito não foi difícil encontrar a cidade ideal. O rapaz partiu com sua namorada e a sua mãe, em direção à cidade escolhida.
Após algumas horas de viagem, chegaram à cidade Pedra Dura. Hospedaram-se e em seguida o rapaz saiu à procura do restaurante ideal. Era cedo, manhã bonita e calma, andou pelas ruas pacatas e encontrou um restaurante à beira de um riacho. Restaurante 3 Irmãos. O nome do estabelecimento lhe agradou. Deu, na porta do mesmo, três pancadas. Em seguida uma voz respondeu-lhe às batidas: - Quem vem lá?
- Sou um cliente que deseja tratar de um jantar comemorativo - respondeu o rapaz.
- Pois então entre. O Viajante entrou e um homem simpático e educado o esperava no salão.
- Bom dia! - cumprimentou o recém chegado, e perguntou-lhe: Sois garçom? Veio a resposta:
- Meus clientes com tal me reconhecem. - De onde viestes?
- De uma cidadã chamada São João.
- O que faz na vida? - Sou caixeiro viajante. Viajo a negócio e visito Lojas.
- Vens muito por aqui? - Não muito esta é a minha 3ª Viagem.
- O que quereis? - Um jantar para 3 pessoas em lugar reservado.
- Que tal entre aquelas Colunas? É um lugar bem privativo.
- Parece-me bom. Ficaremos entre elas. Muito sugestivo.
- O que beberão na ocasião?
- Para minha mãe e minha namorada uma taça de bebida doce. Eu prefiro um aperitivo.
- Pode ser Whisk? Nacional ou Importado? Pode ser Escocês?
- Bem, se for antigo eu aceito, mas gostaria que as mesas fossem bem ornamentadas.
- Podemos ornamentá-las com romãs, ficam bonitas e exóticas. - E quanto as flores?
- Fique tranqüilo, fazemos arranjos com rosas e espigas de milho.
- Pois então faça! Não poupe nada, quero fartura e abundância. – Você estará aqui?
- Sim, trabalho do meio dia à meia noite.
- Bem, pela conversa o atendimento é bom. E o preço?
- O preço é justo e o atendimento perfeito, mas qual é o seu nome? Salomão. - E o seu?
- Hiram, sou conhecido como “Hiram dos bifes”. Sou bom em corte de bifes.  Meus  Irmãos
   também atendem. Um chama-se Emmanuel e o outro José, mas é conhecido por “”.
- Você é desta Cidade?
- Não, também fui caixeira viajante.  Gostei  tanto  desta  cidade  que  na  minha  5ª  Viagem
  resolvi ficar por aqui. E já faz 5 anos, que acabei comprando este  restaurante.  Olhe,  meu
  Irmão, no começo  foi  difícil.  Este  estabelecimento  era  mau  visto,  por  pertencia  a  três
  Trapalhões chamados: Gilberto,  Juberto  e  Juberton.  Fizeram  tantas  trapalhadas  que
  acabaram assassinados.
- Olha Hiram, coloque a mesa de minha mãe separada, para haver mais privacidade.
- E o seu Pai, não vem? - Não, minha Mãe é viúva.
- Que coincidência! Eu também sou filho de uma “viúva”. Minha Mãe chamava-se Acácia.
- Este nome me é conhecido, tivemos uma ótima cozinheira com este nome.
- Bem já  vou  indo.  Logo  mais  voltarei  com  elas.  Ah!  Já  ia  me  esquecendo.  Qual  é  a
  especialidade da casa? Churrasco. - Ótimo! – É macio? - Sim, tão macio  que  a  carne  se
  desprende dos ossos.
- Ah! Senhor meu Deus! Que maravilha, não posso perder! O lugar é seguro?
- Sim, temos dois rapazes Expertos que cuidam disso. E no salão temos 2 Vigilantes.
- Parabéns, o seu restaurante está coberto de qualidade, salve o adorável Mestre.
- Até logo, Saúde, Força e União! Deus é Grande. Carpe Diem! Carpe Vita!      



Fonte: Transcrito do Boletim União, Juiz de Fora, Colaboração do Irmão Afonso Paschôa, publicado no Informativo “O ESPIRRO DO BODE”, órgão de divulgação da Augusta, Respeitável, Centenária e Benemérita Loja Maçônica Theodórica nº 154, Oriente de Pequiri, Minas Gerais, Julho de 2006, Ano 15, nº 175.

quinta-feira, julho 04, 2013

LIVRO DA LEI E LANDMARKS

LIVRO DA LEI E LANDMARKS:
 DEÍSMO - TEÍSMO - ATEÍSMO



Um dos temas mais difíceis de serem abordados é Religião, Religiosidade, Crença ou Fé. Quaisquer que sejam as formas, por mais simples ou complexas que se tenha de abordar estes assuntos, sempre haverá a possibilidade de ferir suscetibilidades de outrem, quer por fórum íntimo ou coletivo. Todos os que crêem,  de certo, acreditam ser a sua religião a certa, a correta.
De antemão, jamais polemizo, em hipótese alguma, sobre dois temas, os quais, já dou por  definidos: quem pagará a conta do chope ou sobre a  religião de cada um. Declarada a opção, estou sempre de acordo. Porém, há algum tempo, vivenciei intolerantes ações em diversas reuniões sobre questões relativas a religiosidade ou a crenças, em diversas lojas, e que me levam agora a tecer algum comentário sobre esses temas.
Em certa ocasião ouvi um comentário, numa loja, sobre um Venerável Mestre que se dizia estar querendo fazer de uma reunião uma  sessão espírita.
Este Venerável tinha como opção religiosa à doutrina Espírita. Tinha por hábito levar um copo d água para colocá-lo sobre a mesa do sólio e solicitar nas aberturas dos trabalhos que todos irmãos fizessem um minuto de silencio para a mais absoluta concentração. Pior do que apenas os comentários eram a condenação daqueles atos.
Se este Venerável não professasse nenhuma crença (totalmente improvável), e tivesse por estes atos  nada mais alem do que saciar a sua sede ou requerer dos irmãos o Maximo de atenção para uma perfeita sessão seria, por certo, aceito as suas atitudes. Muito se confundem  Ritos  com  Cultos. Os ritos são necessários, não só para criar uma  - ambientação particular -, mas para agir por uma forma de impregnação do subconsciente, ao qual, eles darão uma força e uma eficiência real aos trabalhos. Foram os comentários apenas intolerância? Também.
O mais crível é o desconhecimento do que é, e representa, o Livro da LEI para os membros da maçonaria. O livro da Lei seria a Bíblia? O Alcorão? O Talmude? O Veda Rig dos Hindus? O Zendavesta dos Masdeístas da Pérsia? Ou o Evangelho Espírita de Allan Kardec? Eu diria: são estes e outros mais. É também uma das imprescin-díveis luzes, juntamente com o Compasso e o Esquadro.
Segundo o 21o. Landmark:  É indispensável à existência, no Altar, de um   Livro da Lei , o Livro que, conforme a crença, se supõe conter a verdade revelada pelo Grande Arquiteto do Universo. Não cuidando a Maçonaria de intervir nas peculariedades de fé religiosa dos seus membros, esses livros podem variar de acordo com os credos. Exige, por isso, este Landmark que um  Livro da Lei   seja parte indispensável dos utensílios de uma Loja . Afora os grifos meus, o texto é ipsis litteris dos LANDMARKS UNIVERSAIS da Maçonaria, considerados como princípios fundamentais da Instituição.
Quando eu coloquei entre parênteses a expressão  totalmente improvável  é divido ao Landmark 19 que em síntese determina que a negação a uma crença é impedimento absoluto e insuperável para a iniciação. Se assim não fosse (a crença, a espiritualidade) poder-se-ia pensar em colocar sobre o Altar, no caso, a nossa Constituição Federal  ou o Código Civil Brasileiro. Em ambos há inscrito códigos de ética moral e conduta. Quis, porem, os Landmarks inscrever ou traçar um código de espiritualidade as reuniões. Esta espiritualidade é criadora natural para condutas de comportamentos e do amor do próximo a seus semelhantes.
Daí, também, considerarmos fora de quaisquer questões ou discussões o ATEÍSMO. Por outro lado temos que analisar a vista da crença de cada um, alguns aspectos que dizem respeito aos fundamentos da sua religião. Deísmo ou Teísmo. No aspecto deísta, rejeitam estes a revelação, ou conjunto de verdades sobrenaturais manifestadas por Deus ao homem através da  inspiração  e  iluminação  ou pelo ensino oral, comunicado aos patriarcas, profetas, apóstolos e santos. É fórum íntimo. É semântica qualquer discussão. Estes crêem em Deus pela natureza. Pela VIDA.
Enquanto que no Teísmo existem mais dogmas. As maiorias das religiões teístas provem de uma revelação divina. Por não discordar ou concordar com aquela ou esta  forma, tem minhas convicções que o fundamento maior estar  em ser crente. A crença é vital.
Certa ocasião um irmão, hoje no oriente eterno, eu ainda um companheiro,  perguntador, me disse taxativamente: há na maçonaria coisas que absolutamente não concordo, tais como: ser obrigado a se acreditar num Deus e o veto das mulheres serem iniciadas. Disse ele ainda: isto fere o direito de igualdade e o livro arbítrio. É acima de tudo ambos discriminatórios. Companheiro ainda, inseguro, não sabendo se aquilo partindo de um Mestre  veterano  seria uma  pulha , um dito para me pegar, respondi: não sei ler ou escrever estou  aprendendo a soletrar.
Diria hoje a aquele amado irmãozinho, o que sabia antes e pelo maior amadurecimento sei hoje: olhando a natureza na sua complexa extensividade, tomando conhecimento da extensividade infinita do universo e olhando a pequeníssima ordenação destas duas naturezas, só posso acreditar que há, existe, uma  mão   que da ordem a isso tudo, essa mão é de um DEUS. Essa ordenação pura e simples sem um ordenador não me satisfaz.
O homem sob todos os aspectos é um desígnio de Deus. No homem existe uma  aura  já provada pelo método da fotografia Kirlian. Esta aura, sob algum aspecto, é a alma que imanta o corpo. Por ela se podem determinar regiões  pobres  em energias, doentes, sobre o seu corpo vital. Ora, se assim, tão fisicamente é crível determinar estas energias, quão não será através da fé.
Em verdade ver-se-á numa loja em quaisquer reuniões aqueles que estão cheios de energias,  saudáveis , capazes de imantar os mais pobres por estas saudáveis energias. Por isso, considero saudável, quiçá obrigatório, que o Mestre Arquiteto energize o templo para que ao adentrar todos possam receber estas energias possíveis. Para isso é necessário crer.
Quando no altar do livro da lei, sobre o Orador, que o abrirá, se forma uma cobertura trapezoidal, o pálio imaginário, é para proteção das energias negativas e angariar positivas energias do alto. Energias espirituais. Este trapézio tem suas dimensões formadas pelos bastões dos irmãos 1o. e  2o. Diáconos, o bastão do irmão Mestre de Cerimônia e a coluna do altar do Livro da Lei.
Como então desprezar esta ou as oportunidades? Porque não se fazer o mínimo dos esforços para que os trabalhos possam ter esta magnetização para o bem comum. Todos sairão imantados de energias positivas. É só crer.
O que se requer para isto. O mínimo. A Fé e a Tolerância.
Humildemente, como eterno aprendiz. 

Fernando Guilherme Neves Gueiros,
M.'.M.'., R.'.L.'. Sphinx Paulistana, Paulista - PE BRASIL.


Ateísmo -Doutrina dos ateus; agnosticismo, descrença.
Agnosticismo -1 Qualquer doutrina que afirma a impossibilidade de conhecer a natureza última das coisas. 2 Doutrina que afirma a impossibilidade de conhecer a Deus e a origem última do Universo.
Crença -1 Ato ou efeito de crer. 2 Fé religiosa. 3 Opiniões que se adotam com fé e convicção. 4 Crédito diplomático.
Culto -1 Que se cultivou; cultivado. 2 Ilustrado, instruído, sabedor. 3 Civilizado. 4 Esmerado: Linguagem culta. Antôn: inculto. sm 1 Forma pela qual se presta homenagem à divindade; liturgia. 2 A religião: Culto católico, culto protestante. 3 Cerimônias religiosas. 4 Veneração. C. externo: cerimônias e festividades religiosas. C. interno: o que se rende a Deus por atos interiores da consciência.
Deísmo - Sistema dos que crêem em Deus, mas rejeitam a revelação.
Deísta - Sectário ou pessoa sectária do deísmo; deícola.
-1 Crença, crédito; convicção da existência de algum fato ou da veracidade de alguma asserção. 2 Crença nas doutrinas da religião cristã. 3 A primeira das três virtudes teologias. 4 Fidelidade a compromissos e promessas; confiança: Homem de fé. 5 Confirmação, prova. 6 Testemunho de certos funcionários que faz força nos tribunais; confirmação de um teste-munho.
Religião -1 Serviço ou culto a Deus, ou a uma divindade qualquer, expresso por meio de ritos, preces e observância do que se considera mandamento divino. 2 Sentimento consciente de depen-dência ou submissão que liga a criatura humana ao Criador. 3 Culto externo ou interno pres-tado à divindade. 4 Crença ou doutrina religiosa; sistema dogmático e moral. 5 Veneração às coisas sagradas; crença, devoção, fé, piedade. 6 Prática dos preceitos divinos ou revela-dos. 7 Temor de Deus. 8 Tudo que é considerado obrigação moral ou dever sagrado e inde-clinável. 9 Ordem ou congregação religiosa. 10 Ordem de cavalaria. 11 Caráter sagrado ou virtude especial que se atribui a alguém ou a alguma coisa e pelo qual se lhe presta reverên-cia. 12 Conjunto de ritos e cerimônias, sacrificais ou não, ordenados para a manifestação do culto à divindade; cerimonial litúrgico. 13 Filos Reconhecimento prático de nossa depen-dência de Deus. 14 Filos Instituição social com crenças e ritos. 15 Filos Respeito a uma re-gra. 16 Sociol. Instituição social criada em torno da idéia de um ou vários seres sobrenatu-rais e de sua relação com os homens. 17 Mística ou ascese
Religiosidade -1 Sentimento da religião; tendência natural para a adoração do que se reputa divino ou superior a nós. 2 Qualidade de religioso. 3 Sentimento de escrúpulos religiosos. 4 Conjunto dos sentimentos religiosos. 5 Exatidão ou pontualidade no cumprimento e execução dos a-tos e deveres de cada um; fidelidade, probidade, retidão, zelo. 6 Piedade, temor de Deus, espírito de oração. 7 Virtude específica dos membros de ordens, congregações e institutos religiosos; observância das Santas Regras. 8 Religião.
Ritos -1 Conjunto de cerimônias e fórmulas de uma religião e de tudo quanto se refere ao seu culto ou liturgia. 2 Cerimonial próprio de qualquer culto. 3 Culto, religião, seita. 4 Ordem ou conjunto de quaisquer cerimônias. 5 Sistema das fórmulas e práticas das organiza-ções maçônicas. R. de iniciação, Sociol: cerimônias, de caráter religioso ou não, realizadas na admissão de um indivíduo a uma sociedade ou associação: Ritos de puberdade. R. de na-talício, Sociol: solenidade realizada entre os povos antigos e os selvagens, por ocasião do nascimento de um filho, a fim de purificar mãe e filho e dar a este força e energia.
Teísmo - Crença na existência de Deus e em sua ação providencial no Universo.

Teístas -1 Que acredita na existência de Deus. 2 Pertencentes ou relativos ao teísmo:  Doutrina teísta. Pessoa que acredita na existência de Deus.

A OBRIGATORIEDADE DO “TRAJE MAÇÔNICO”

A OBRIGATORIEDADE DO “TRAJE MAÇÔNICO
                                 Nossa liberdade de opinião (Const. Art. 44, “h”)
                                                                                                                      Rhomeu Elen Gomes e Barros



Tendo em vista que a cor negra nas vestes não é apropriada pelo esoterismo, porquanto é ela simbolicamente a tristeza, o cáos, a dor, o nada, temos certeza, também não é apropriada pelo simbolismo dos três primeiros graus do rito escocês.

Gostaríamos que alguém nos demonstrasse ser o negro uma das cores adotada pela maçonaria, entretanto, não haverá quem nos demonstre, porque nunca existiu tal adoção.

Vejam só, sabemos ser o grau de Mestre  um grau novo -  NÃO EXISTIA -  foi criado pela maçonaria moderna ou especulativa, sendo certo, no entanto, em literatura do século XIX (Satán e Cia, de Pablo Rosén), não se encontram gravuras nem fotografias de maçons usando trajes negros, embora já se praticasse a maçonaria moderna.

O outro lado da questão é que a nossa Instituição não admite em seus templos quaisquer espécies de sectarismo, religioso ou político. Recebe, sim, em seus quadros homens livres e de bons costumes, de qualquer religião e de qualquer ideologia política.

Ora, todo mundo sabe que o traje negro e o chapéu da mesma cor é tradição judaica ortodoxa, de modo que é o traje dos rabinos.

A maçonaria escocesa tem todas as suas lendas fundamentais baseadas nas Sagradas Escrituras nas quais o Velho Testamento, fundamentalmente, narra a história do povo de Israel, sendo de ressaltar que a maioria dos livros que as compõem foram escritos por autores judeus.  Portanto, podemos, livres de qualquer preconceito, de qualquer insinuação graciosa de anti-semitismo, sustentarmos que o traje negro contraria um dos princípios fundamentais da nossa Ordem por ser tradição do judaísmo ortodoxo.

A realidade é que seria até hilariante que os maçons cristãos usassem sobre suas vestes um vistoso crucifixo durante os trabalhos da loja, diriam – COM CERTEZA - os budistas, os xintoístas, os muçulmanos e outros: “NÃO NOS É PERMITIDO O SECTARISMO RELIGIOSO” 

O fato é que o “traje maçônico” como atualmente é tratado o terno preto, foi introduzido em caráter obrigatório em 1993, pela GLMERJ, na primeira gestão do nosso ex-irmão Luiz Zveiter no grão-mestrado e parece-nos que daí em diante esse mau costume se arraigou.

Antigamente todas as autoridades intelectuais, civis e Militares eram Maçons; ao passo que hoje temos alguns Oficiais das Forças Armadas, alguns Magistrados, alguns portadores de diplomas superiores e, é só. Foram-se, lamentavelmente, os tempos áureos das grandes personalidades abrilhantando as nossas colunas. Assim o que se pode esperar de nossa instituição se não fizermos esforços para aperfeiçoá-la com a modernidade, evitando-se os incompatíveis costumes vetustos com a época atual, assim como os modernamente introduzidos ? É o caso do traje passeio preto, do chapéu disforme e das qualidades daqueles que devam dirigir a Instituição

Ninguém ignora que, vivemos numa das mais quentes regiões do País, onde deveríamos usar roupas claras, até mesmo por questões de higiene e saúde. E, a propósito, lembremo-nos do “banho de suor” a que nos submetemos no dia da inauguração do Templo provisório da GLSRJ, situado na Avenida dos Bandeirantes, nº. 1.212. Houve Irmão que teve de ser socorrido por médico (Ir.´. Dr. Raul Grenhald Garcia), pois não agüentou o grande calor sentido durante os trabalhos.  Foi um dia de muito calor e todos trajavam terno preto.

Assim, parece-nos, data venia”, um contra-senso tal obrigatoriedade, especialmente porque um traje passeio de cor sóbria – Como sempre foi admitido na Maçonaria – é também um traje maçônico, pois decente, elegante e mais apropriado ao nosso clima tropical.

Fiquei muito animado com a minha luta contra o péssimo costume do uso obrigatório do “traje maçônico” ao tomar conhecimento do último artigo escrito pelo nosso saudoso Irmão José Castellani, publicado em “A Trolha” nº 217, novembro de 2004, páginas 28 a 31, com o título “Traje maçônico? O que é isso?”, no qual sustenta que... traje maçônico mesmo é o Avental, sem o qual o Obreiro é considerado nu.” E mais adiante reafirma: “ ...Que fique bem claro, portanto, que traje maçônico é o Avental, mas que, sob ele, deverá haver uma roupa decente e sóbria...” A nosso ver deveria imperar em nossos costumes a LIBERDADE, admitindo-se o uso de roupas sóbrias INCLUSIVE o famigerado “traje maçônico”. 

A REVOLUÇÃO MAÇÔNICA

A REVOLUÇÃO MAÇÔNICA

Jose Marcelo Braga Sobral, M\ I\.



INTRODUÇÃO:

 A sociedade moderna vem assistindo ao desmoronamento de muitas estruturas e, ao mesmo tempo, á estruturação de uma nova ordem mundial. Poderosas correntes de mudanças impulsionadas por estupendas forças arquétipas vêm pessoal dos membros da sacudindo todas as instituições e até mesmo a vida pessoal dos membros da Comunidade humana.
Acompanhar as mudanças que se operam no mundo e estar afinado com seu diapasão é um dever de todo mortal que deseja administrar bem sua vida neste plano do Universo. Entretanto, como membros de uma Organização que preserva grandes planos de evolução social, esse dever é duplicado, pois, além de administrar nossa vida, temos, também, de auxiliar no desenvolvimento da sociedade.
Faz parte da missão suprema da Franco-Maçonaria (como uma Organização de construtores sociais, de formadores de opinião e de condutores anônimos da sociedade) auxiliar a humanidade nesses momentos de mudanças de ciclos, para que as inevitáveis transformações não causem tantos transtornos ao homem.
Mas,como “a Ordem é seus membros”, perguntamos: Estamos qualificados para operarmos competentemente nesse quadro avassalador que se apresenta ao homem da sociedade contemporânea? Que cada irmão responda a essa questão.
Refletir para reconstruir talvez seja o lema a ser adotado pela atual geração de franco-maçons, a fim de reestruturar a Ordem maçônica nesse limiar do Terceiro Milênio.
Essa reflexão para ser pragmática e construir numa autêntica REVOLUÇÃO deve ser sincera, inteligente e corajosa. Enquanto não formos suficientemente fortes para refletir com profundidade sobre os problemas da maçonaria na sociedade contemporânea as “coisas” continuarão como estão e, como o ritmo universal é dinâmico e progressivo, a Ordem terá dificuldade de se ajustar ao mesmo.
Este manuscrito que preparamos circulará privativamente apenas entre os mestres maçons. Recomendamos, pois, o devido cuidado, para que os assuntos tratados no mesmo,sejam discutidos somente ao nível de “Câmara de Meio”.
O que estamos propondo é apenas uma reflexão, pois como dizia Balzac: “Revolução muda tudo,menos o coração do homem.” Na verdade, é por evolução que as mudanças ocorrerão em caráter permanente.
Analisemos com amor e sabedoria alguns pontos cruciais dos problemas da maçonaria na sociedade contemporânea.
 

1. MAÇONS INATIVOS:

 É assustadora a quantidade de maçons inativos ou irregulares. Tem mais irmãos fora do que dentro da Ordem. Alguém já cogitou seriamente sobre essa questão? Por que o número de irmãos inativos é desproporcionalmente maior do que os regulares? Por que tantos aprendizes ingressam entusiasmados, movidos por nobres propósitos e, após certo tempo, perdem totalmente a motivação? Será que se decepcionaram com o comportamento ou com a qualidade do conhecimento dos mais antigos na Organização ou dos próprios dirigentes? A ausência de ações concretas na sociedade não estaria também sendo um fator de desmotivação? Por que somos maçons?
Muitos irmãos se arriscam saindo à noite, deixando o conforto do lar, a companhia salutar da família para assistir a reuniões enfadonhas, desorganizadas, discussões prolongadas para aprovar o óbvio ou palestras cansativas que se alongam pela noite adentro e que, às vezes, só servem para nos exercitar na virtude da tolerância.
Num mundo pragmático como esse em que vivemos, que motivação podemos ter para freqüentar regulamente a Oficina?
 


2. A RECEITA MAÇÔNICA:

Como a maçonaria não vende produtos ou serviços sua receita é oriunda das mensalidades dos seus membros. Essa situação, em época de crise econômica, pode gerar constrangimento, se a criatividade e a transparência não forem utilizadas adequadamente.
Os dirigentes precisam, por uma questão de consciência, administrar bem os recursos financeiros, oferecer ampla transparência e evitar sobrecarregar os obreiros com taxas elevadas, per capta etc. Devem também oferecer algo em troca: apostilas, cursos, seminários, simpósios, atividades sociais. Os irmãos precisam sentir que o dinheiro que pagam está sendo inteligentemente empregado. Temos observado reclamações sobre a constante chegada de “notas de débito”, taxas e cobranças de per capta e a inexistência de remessa de material didático. Tudo é pago na maçonaria e os irmãos estão sentindo que a afiliação está pesando no orçamento familiar. E com o agravamento da crise econômica, a tendência é aumentar o número de inativos. Por isso, aprender a administrar a crise, a fim de diminuir seus efeitos, é um problema que nossos dirigentes terão que enfrentar com sabedoria.
Sêneca, filósofo e estadista proclamava: “ao marinheiro que a nenhum porto se dirige, nenhum vento lhe sopra favorável”. Por isso, no mínimo, é preciso elaborar um PLANO DE METAS e constituir uma EQUIPE competente para gerenciá-lo; são exigências imprescindíveis da moderna administração.
Mas a reflexão e a criatividade apontarão a solução para essa questão inquietante.

3. SISTEMA DE INSTRUÇÃO:

Após a iniciação de cada grau, recebemos o ritual correspondente e pronto.
Nada mais nos é ofertado pela Potência em termos de material cultural ou educativo. Se a Oficina a qual pertencemos ministrar as instruções contidas nos rituais e desenvolver reflexões profundas sobre as mesmas, estará, até certo ponto, educando seus obreiros. Mas sabemos que isso nem sempre acontece, pois há Lojas que não ministram, adequadamente, instruções aos seus membros.
As Potências maçônicas precisam se estruturar para oferecer mais material didático aos seus Obreiros sendo uma questão de fundamental importância nesse início da Era de Aquário – a ERA DO CONHECIMENTO. Não estamos querendo dizer com isso, que devamos sobrecarregar o intelecto com a remessa desordenada de material didático; sabemos que a REFLEXÃO e a MEDITAÇÃO sobre os vários aspectos da Tradição produzirão resultados fascinantes e constitui uma técnica avançada de educação.
Os Mestres do Governo Oculto do Mundo, numa mensagem dirigida às Organizações iniciáticas, ordenou que “ seja dada mais luz àqueles que estão em seu seio”. Todas as outras Organizações iniciáticas autênticas já se ajustaram aos novos tempos e operaram essa transformação.
Na Ordem Rosacruz, AMORC, por exemplo, após o ingresso do membro ele passa a receber quatro monografias por mês. Essas monografias correspondem às instruções dos graus e são remetidas eternamente, enquanto o membro permanecer ativo na Organização. Conhecemos pessoas que há mais de 40 anos estão afiliadas e ainda hoje recebem regularmente monografias. Com esse sistema haverá sempre uma motivação para a filiação ativa devido à ânsia por mais luz e conhecimento.
A Tradição Maçônica, numa visão holística,  guarda relação com inúmeros outros aspectos do conhecimento que poderiam ser estudados e remetidos às Lojas através de manuscritos para instrução dos obreiros. Um estudo vertical nos revelará aspectos históricos, políticos, filosóficos, herméticos e outros na Tradição da Franco-Maçonaria.
A remessa de material didático será valiosa sobretudo para os irmãos do interior devido à ausência de bibliotecas ou livrarias.
A realização de Seminários, pequenos cursos, encontros, mesa redonda, simpósios regionalizados serão úteis e produzirão efeitos altamente positivos.
 

4. FORMAÇÃO DE VENERÁVEIS MESTRES:

Os Veneráveis Mestres constituem um corpo especial de dirigentes responsáveis pelas Oficinas maçônicas – são, na expressão mais sagrada do termo, autênticos “ guias da Fraternidade” e como tais precisam estar altamente preparados para exercer com competência e dignidade essa sagrada função.
Na qualidade de líder, o venerável deveria dominar (ou pelo ser instruído) alguns aspectos do saber humano. Condutores de homens precisam compreender o comportamento humano (Psicologia), raciocinar corretamente (Lógica), expressar-se bem e com eloqüência (Retórica) e como vivem num contexto social é imprescindível compreender os fatos sociais (Sociologia).
O domínio mesmo que relativo desses ramos do saber, constituirá numa ajuda considerável para a devida formação de construtores sociais. Além disso, ele precisará possuir uma compreensão profunda da Tradição Maçônica em seus múltiplos aspectos.
Não podemos nos iludir quanto à elaboração de um curriculum de altíssimo nível para a formação de dirigentes maçônicos (formadores de opinião, construtores sociais, estadistas e condutores anônimos da sociedade).
Reunir mestres maçons para ensinar o obvio sobre a maçonaria, como segurar no malhete, como preencher propostas e outras coisas dessa natureza é uma insensatez.
Não podemos nos esquecer que a maçonaria é inspirada e movida pelo Arquétipo da Sabedoria e que os maiores estadistas, chefes revolucionários e grandes lideres mundiais foram preparados nos Templos da Ordem.
Lembremo-nos que o pragmatismo do mundo moderno não permite mais a perda de tempo com questões simplórias e triviais. Muito pelo contrário, ele exige que mergulhemos no coração do conhecimento.
 

5. AS ELEIÇÕES MAÇONICAS:

Recentemente, ouvimos um alto dirigente maçônico afirmar que a “eleição era um mal necessário na maçonaria”. Embora respeitemos essa opinião, não concordamos com a mesma. A eleição é o instrumento mais correto para a escolha de dirigentes no regime democrático. O problema fundamental é o desrespeito à democracia e à ética tais como: fraudes, compra de votos, impugnação de candidaturas com probabilidade de vitória, parcialidade de Tribunais etc.
Esses acontecimentos reprováveis sob todos os pontos de vista, vêm ocorrendo somente devido à nossa omissão. Se tivéssemos coragem e dignidade de nos impor às investidas das doações que ocorrem com vigor total nos períodos eleitorais (que constituem, de certo modo, numa tentativa de corrupção), aos ataques pessoais e difamatórios que profanam os Templos; se votássemos em propostas de governo e não por gratidão a pequenos favores deixariam de existir muitos males que vem corroendo as vigas mestras da Fraternidade Maçônica.
Um irmão maçom jamais deveria esquecer o compromisso solene, assumindo no altar de sua consciência, durante a iniciação: “...tereis ainda de combater outro inimigos da humanidade, como sejam os hipócritas, que a enganam, os pérfidos que a defraudam, os ambiciosos que a usurpam e os corruptos e sem princípios que abusam da confiança dos povos. A esses não se combatem sem perigo. Senti-vos com energia, coragem e dedicação para combater o obscurantismo, a perfídia e o erro?
As grandes e as pequenas dissidências ocorridas na Ordem foram conseqüências da violação das leis éticas e desrespeito aos princípios democráticos.
 

6. OS GRÃO-MESTRES DA FRANCO-MAÇONARIA:

A Filosofia Política de Platão ensina sobre a importância da preparação dos mais capazes para governar, a fim de impedir que a incompetência e a improbidade se instalem nos cargos públicos.
Para Platão, “os governos variam de acordo com a variação do caráter dos homens;... o Estado é o que é, porque os cidadãos são o que são. Por conseguinte, não esperamos ter melhores estados, enquanto não tivermos melhores homens; até lá, todas as mudanças deixarão as coisas essenciais na mesma.” Ele proclamou que governar é uma arte e uma ciência e que só um rei filosofo está apto para dirigir uma nação: “Enquanto os filósofos não forem reis ou reis e príncipes deste mundo não tiverem filosofia, de modo que a sabedoria e a aptidão para governar se encontrem reunidas no mesmo homem... não terminarão os males da cidade, nem da raça humana.”
Francis Bacon, na sua magnífica obra, Nova Atlântida, apresenta a Casa de Salomão que é dirigida pelos sábios iniciados e por isso o povo é governado na paz. A Casa de Salomão realizou elevada reforma cultural, social e política. Os habitantes da Nova Atlântida atingiram à perfeita ciência, à perfeita ordem social e à regeneração espiritual.
O Rei Salomão, considerado o Grão-Mestre Tradicional da Maçonaria, é associado ao arquétipo da Sabedoria. Aliás, sabedoria e justiça estão relacionadas a esse rei filósofo.
Essa visão profunda pode muito bem ser estendida ao âmbito do Império Maçônico como um convite à adequada preparação dos nossos membros, a fim de se qualificarem adequadamente para exercerem com sabedoria, justiça, equidade e serenidade o governo da Ordem.
Por tudo que a Ordem representa para Plano da Grande Evolução Universal e por sua função na estrutura hierárquica do Universo, um dirigente maçônico deveria ser um reflexo das grandes virtudes, jamais poderia ser instrumento de discórdia nem servir às forças das trevas; se assim proceder por ignorância, fraqueza de caráter ou maldade estará atraindo para si graves condições cármicas.
 

7. AS POTÊNCIAS MAÇÔNICAS:

Em essência, os supremos ideais da Franco-Maçonaria e o seu programa continuam inalterados a despeito das dissidências.
Mas é inegável que a falta de um diálogo mais sincero entre as três grandes Obediências (GOB, Grandes Lojas e Grandes Orientes Independentes) inspirado na sabedoria, na inteligência e, sobretudo na Fraternidade estão contribuindo para a formação de novas e pequenas potências.
Naturalmente, esse diálogo fraterno nada tem a ver com reunificação, pois as condições estão longe de serem reunidas. Estamos nos referindo a um trabalho harmonioso em prol da humanidade, da Nação, da Ordem e dos obreiros. Estamos alertando sobre a possibilidade das coisas se agravarem nesse particular devido à ausência de um dialogo maduro e respeitoso entre as três expressões autênticas da Franco-Maçonaria brasileira.
Trata-se de uma questão de proteção da própria Ordem e da preservação do bom senso, pois como podemos nos apresentar ao mundo defendendo avançadas propostas de REMODELAÇÃO SOCIAL e FRATERNIDADE UNIVERSAL se, ainda, não conseguimos em nosso meio ao menos um simples dialogo respeitoso? Não é um paradoxo e um contrasenso?
 

8. OS ALTOS GRAUS:

Temos observado uma crescente insatisfação dos irmãos em relação ao preço das taxas para mudança de grau. Há também reclamações sobre a remessa quase total para o Supremo Conselho dos numerários arrecadados com as taxas ficando os Corpos Subordinados apenas com uma pequena quantia para cobrir várias despesas com água, luz, telefone, Correios, material de expediente etc.
Se ninguém ainda teve coragem de remeter seus protestos para as autoridades competentes do Império Maçônico temendo aborrecimentos, os nobres Chefes do Santo Império já deveriam ter percebido o recado através da diminuição dos quadros.
Há uma crise econômica avassaladora sufocando os salários dos irmãos que está exigindo necessários ajustes.
O Supremo Conselho também se limita a entregar somente o ritual do grau não oferecendo (como igualmente na maçonaria simbólica) estudos suplementares.
 

9. AUMENTO DE SALÁRIO:

De um modo geral, as Lojas não estão aplicando critérios rígidos para a devida avaliação do aprendizado quando da mudança de grau. Temos observado que está sendo exigido apenas a simples elaboração e apresentação de um trabalho. O mais grave é que alguns irmãos tem se limitado a copiar textos de livros ou revistas e apresentar na Loja e ainda recebem aplausos e elogios pelo “brilhantismo do trabalho”. Com esse procedimento não estaríamos todos nos enganando? Que avaliação de aprendizagem maçônica pode haver com procedimentos dessa natureza? Não seria mais valido o irmão apresentar uma reflexão pessoal sobre o tema do grau ou sobre qualquer um dos aspectos da Tradição Maçônica (histórico, filosófico, ritualístico etc.)?
A natureza iniciática do conhecimento que esta inserido na Tradição Maçônica requer estudos e REFLEXÃO para ser verdadeiramente assimilado interiormente.
 

10. O ESOTERISMO:

O esoterismo constitui o aspecto interior da maçonaria, enquanto Sociedade Iniciática. Tentar nega-lo por ignorância ou espírito materialista significa simplesmente cortar o elo místico que liga a Organização ao Centro Supremo que lhe dar vida e movimento.
Conhecimento esotérico é  conhecimento interior, oriundo dos vários níveis hierárquicos da consciência, do Inconsciente Coletivo ( a memória ancestral da humanidade) ou dos Registros Acásicos atraves da reflexão, meditação ou contemplação. Ele esta dentro de nos mesmos e a intuição é um dos meios pelos quais Deus, as Hostes Celestiais ou a própria alma libera o conhecimento interior.
Afirmar que o esoterismo não existe sem ter primeiramente realizado, pelo menos, uma simples pesquisa revela limitada compreensão, preconceito, mente materialista ou ignorância.
Alem do mais, uma Ordem iniciática caracteriza-se, principalmente, pelo uso de rituais herméticos para transmitir sob a forma de psicodrama a técnica para promover o crescimento interior de seus membros. Eles funcionam como um diapasão para fazer vibrar as cordas ocultas do nosso ser (o outro diapasão esta em nosso interior). Se não fosse pelo esoterismo, os procedimentos ritualístico pareceriam sem sentido.
O desprezo a esse aspecto transcendente tem sido o grande responsável pelos principais problemas da maçonaria na Sociedade contemporânea.
Inúmeras questões seriam resolvidas e ela ganharia força e vigor para operar melhor que são proporcionadas pela aplicação dos princípios esotéricos superiores.
Há, naturalmente, outros princípios sublimes ligados ao esoterismo que não mencionaremos num trabalho dessa natureza.
 

11. PROGRAMA DE EXPANSÃO:

Nesse inicio da Era de Aquário, é de considerável importância que as diversas Potencias desenvolvam um programa de expansão da Ordem.
A questão da expansão ate agora, pelo que sabemos, vem sendo realizada sem critérios definidos pelos mestres maçons; ao observarem no trabalho ou no clube que freqüenta alguém que julgam interessado nos mistérios da Ordem, formulam o convite.
Dedicamos um capitulo do nosso livro, “O IMPÉRIO DA LUZ”, a questão da expansão oferecendo nossas reflexões sobre as razões pelas quais homens de valor da sociedade moderna precisam ser instruídos nos princípios universais (base fundamental dos ensinamentos da Ordem). Não vamos nos deter, aqui, nesse assunto pois o referido livro continua à disposição daqueles que ainda não tiveram oportunidade de adquiri-lo e refletir sobre a mensagem nele inserida.
 

12. AS SINDICÂNCIAS:

As sindicâncias têm realmente impedido que pessoas desqualificadas ingressem na Fraternidade Maçônica? Deixamos para os irmãos responderem a essa questão...E o que dizer sobre relatos de mestres maçons que orientaram profanos para omitir questões graves de suas vidas particulares, pois, se relatadas, receberiam um turbilhão de bolas negras? E os casos de maçons expulsos de determinada Potência, não por perseguição política, mas sim por questões morais graves que são recebidos com todas as honras por outras Potências?
Não colheríamos benefícios práticos se realizássemos um estudo profundo sobre Admissão de Profanos, a fim de obter sugestões inspiradoras de diversos irmãos?
A solução para os problemas que enfrentamos, hoje, deve ser buscada na inspiração dos obreiros. Ninguém é iluminado para oferecer solução para todos os problemas. Os próprios Seres Iluminados somente apontam o caminho...São os homens que devem caminhar.
 

13. A CASA DE SALOMÃO:

Na alegoria da NOVA ATLÂNTIDA, o filosofo e alto iniciado, Francis Bacon, apresenta a CASA DE SALOMÃO. Tal alegoria guarda profunda relação com os supremos ideais da Franco-Maçonaria.
C.G,Jung, o pai da Psicologia Analítica, afirmou que “os maçons são portadores de projeções(...) dos conteúdos coletivos”.
O ultimo grau do Rito Escocês apresenta o Santo Império (outros ritos apresentam o mesmo tema) – um governo ideal apoiado pela razão e pela sabedoria.
Eliphas Levi, um eminente iniciado fez inquietante afirmação sobre a Ordem: “A Franco-Maçonaria é poderosa no mundo pelo seu terrível segredo, tão prodigiosamente guardado que os iniciados mesmo os dos mais altos graus não o sabem”.
O alto iniciado, Martinez de Pasquallys, no Tratado da Reintegração...revela que “foi no monte conhecido como “Moria” que depois se construiu o Templo de Salomão. A construção desse Templo figurava realmente a emanação do primeiro homem.”
No dialogo de abertura de um alto grau, o dirigente inquire: “Com que fins solicitais que eu abra o Terceiro Céu? E obtém a seguinte resposta reveladora: “Com o fim de estudarmos a redenção social.”
Não iremos tecer comentários sobre essas noções aparentemente simples; deixaremos esse trabalho de reflexão para os irmãos. Mas se as associarem ao corpo filosófico da Ordem poderão revelar a grandeza da Franco-Maçonaria e os avançados planos secretos de evolução social e política.
A Historia Oficial registra e reconhece a eficaz ação sócio-política da maçonaria em todos os países do mundo civilizado. Ela contribuiu, entre outras, coisas para criação de um clima de melhor entendimento entre as nações e preparou chefes revolucionários que agiram em vários países que estavam sob o jugo da opressão (Itambé é uma prova irrefutável). Foi notório o trabalho realizado pela libertação de diversas nações da tirania.
Ela lutou incansavelmente pela liberdade e pela independência política dos povos.
A Historia do Brasil confunde-se com a história da maçonaria e os maiores expoentes da nação foram iniciados no seio da Ordem.
Mas perguntamos: O que estamos fazendo hoje em prol da sociedade?
Qual a contribuição da maçonaria à sociedade contemporânea? O que estamos fazendo em nossos templos? Por que pertencemos a maçonaria? Qual é a sua opinião sobre a Ordem?
Temos escutado com freqüência pronunciamentos de irmãos, alegando que a maçonaria estaria vivendo apenas das glórias do passado. Esses pronunciamentos devem ser levados em consideração, porque são feitos com sinceridade e representam mais um desabafo do que critica a Organização.
Mas eles refletem uma visão limitada e são oriundos de conclusões apressadas e fundamentadas em falsas premissas.
A Ordem Maçônica é eterna e universal e seus princípios (as grandes virtudes, os grandes princípios universais etc.) ainda não foram assimilados pela humanidade; logo ela não terminou sua suprema missão. Enquanto houver homens em processo de evolução (lapidação da pedra bruta...) ela terá sua razão de ser e continuará recebendo impulso e poder do Governo Oculto do Mundo.
A Utopia de um governo ideal deve alimentar as mentes progressistas a criarem as condições necessárias, para que a Ordem Universal possa se exteriorizar cada vez mais em nosso mundo e o sonho de hoje seja realidade do amanhã...
 

14. A SOLIDARIEDADE MAÇÔNICA:

Um dos mais sublimes deveres do maçom consiste na prática da solidariedade (...cabendo-vos a prática constante das virtudes, socorrer os irmãos em suas aflições e necessidades, encaminhá-los na senda da Virtude, desvia-los da prática do Mal e estimula-los a fazerem o Bem, dando-lhes exemplos de Tolerância, Justiça e respeito à liberdade, exigências primordiais de nossa Sublime Instituição – Ritual  Escocês).
Essa citação por força de sua profundidade e abrangência, dispensaria qualquer comentário. Mas há queixas e lamentações de inúmeros irmãos no sentido de que temos nos esquecido da prática dessa virtude fundamental.
Há muitos irmãos desempregados com seus familiares passando séria privação ou, no mínimo, enfrentando situações constrangedoras. Embora a maçonaria não seja uma agência de emprego, muita coisa poderia ser feita para resolver esses problemas.
Uma ação conjunta das diversas Potências nesse aspecto poderia trazer paz e contentamento aos  que estão aflitos.
Mas a solidariedade maçônica não se restringe apenas ao aspecto material ela é infinitamente mais abrangente e divina.
 

15. EVOLUÇÃO X INVOLUÇÃO:

Quer aceitemos ou não os ciclos de evolução e involução exerce seus efeitos numa Organização como a nossa e é exatamente isso que vai indicar, em última análise, a origem dos problemas que estamos refletindo.
Mas como a noite só escurece até a meia-noite, a aurora dourada surgirá inevitavelmente para reger, num nível mais elevado, um novo ciclo.
Durante o ciclo obscuro, um corpo de iniciados espalhados pelo mundo inspiram certas atividades que servirão de motivação para a continuidade da Obra, de modo que a tradição seja preservada para as gerações vindouras.
Quando as condições forem reunidas e o ciclo luminoso despontar, a ordem porá fim ao caos (ORDO AB CHAO).
 

16. APROXIMAÇÃO COM A IGREJA:

Temos percebido que alguns dignitários maçônicos têm buscado uma aproximação com a Igreja Católica. Jornais maçônicos tem supervalorizado a publicação de fotografias de padres ou bispos católicos proferindo palestras em templos maçônicos. Não restam duvidas que a melhoria de relações com qualquer instituição seria será sempre salutar. Mas tais pequenos e esparsos contatos estão servindo mais à vaidade desses dignitários do que a um real aproximação das Instituições.
A Cúpula d Igreja Católica sabe melhor do que ninguém do valor eterno da maçonaria e quando for do seu interesse ela mesma procurará contatos oficiais através do próprio Vaticano e não através de contatos isolados de pequenos párocos ou bispos;
O eminente iniciado e bispo Eliphas Levi compreendeu tão bem essa questão (há muito tempo atrás) que escreveu: “Os rituais maçônicos inquietam a Corte de Roma, porque ela sabe que há neles um poder que lhe escapa”.
Atualmente, como tem sido grande e progressiva a influência dos grupos evangélicos na opinião das massas é possível que a Santa Igreja procure aliados...
Mas, aqui, defrontaremos-nos com outro problema: Qual das facções da maçonaria seria procurada pelos Santos Chefes da Igreja para um contato oficial?
 

17. PROGRAMA DA MAÇONARIA:

O que estamos fazendo pelos povos da sociedade contemporânea? O que estamos fazendo em prol dos nossos irmãos ou pela própria Ordem Maçônica? Seria suficiente sermos apenas guardiões da Tradição da Ordem? A presente ação da maçonaria no plano político e social esta merecendo o respeito do mundo profano e até mesmo dos nossos obreiros?Como poderemos gerenciar projetos humanitários com a coleta de “troncos” insignificantes? Existe algum projeto para educar e formar uma nova geração de lideres (eficientes condutores anônimos da sociedade) para perpetuação dos ideais da Ordem e para agirem nos bastidores do Estado e de sua sociedade organizada? Temos algum estudo para projetar adequadamente a imagem da Ordem no mundo profano?
Todas as instituições e as empresas investem nessa questão por considera-la importantíssima. Num livro que escrevemos em 1998 (A Reforma Maçônica), dedicamos um capitulo apresentando serias pelas quais a Ordem Maçônica precisava ser mais divulgada.
Em data relativamente recente, uma pesquisa encomendada pela UNESCO revelou que o poder da COMUNICAÇÃO está acima do poder econômico e do poder político. Por isso não podemos subestima-la.
 

18. OS PODERES MAÇÔNICOS:

Tanto no Estado Oficial quanto no universo maçônico os poderes são harmônicos e independentes. Mas quantas mazelas que ocorrem nos bastidores dos poderes profanos vemos também ocorrer no seio de uma Ordem Fraternal e iniciática.
O mais alto dinatário de cada Poder tem o dever de lutar por total independência e jamais permitir interferência mesmo que indiretamente. Se assim não proceder estará maculando sua própria consciência de homem livre e cidadão honrado. Tais sensores não serão lembrados com dignidade pela historia pois nunca houve glória para a subserviência.
Não vamos, aqui, entrar em detalhes ou citar casos, afinal de contas, estamos escrevendo para pessoas inteligentes que, no mínimo, devem ter discernimento.
 

19. O GOVERNO OCULTO DO MUNDO:

“Em varias culturas, as tradições falam de uma elite de iluminados que de certa forma governariam o mundo. Esses seres chefiados por um mestre secreto, habitam um reino desconhecido, de onde influenciam os acontecimentos cíclicos da humanidade. Sua ação seria empreendida por meio de sociedades secretas e de alguns agentes especialmente enviados.” Marco Antônio Coutinho.
“Quem quer que saiba ver além das velhas estruturas que se desagregam esta apto para ver o mundo novo que deve ser edificado a partir do impulso esclarecido do A...e nada, eu repito, nem mesmo as perigosas peripécias que são a realidade do homem, nada pode opor-se ao desenrolar da etapa em andamento em direção ao fim que deve, de uma forma ou de outra, ser doravante atingindo.”Raymond Bernard.
“Naquele momento o Rei do Mundo esta se comunicando com todos aqueles que dirigem os destinos da humanidade: Os reis, governantes, os grandes sacerdotes, os sábios e os homens poderosos. Ele conhece todas as intenções deles. Se elas agradam a Deus, ele favorecerá sua realização com sua ajuda invisível (...) deixamos o aposento do Rei do Mundo, onde este Rei desconhecido tinha rezado por toda a humanidade e profetizado o destino dos povos e dos Estados.” F. Ossendowsky.
“Existe um oásis de Cultura Cósmica, cujos representantes conduziram a humanidade através dos séculos, como uma estrela guia, para um mais alto grau de compreensão, pensamentos éticos e uma percepção mais profunda da Fraternidade humana(...). Assim, uma associação de Homens Sábios, mundialmente disseminada, foi criada na aurora da a civilização e conseguiu preservar a Antiga sabedoria durante milhares de anos”,Andrew Tomas.
“Entretanto, sempre existiu uma escola Superior a qual foi confiada à salvaguarda de todo o conhecimento. Essa escola foi a Comunidade Interior da Luz, que persistiu sem interrupção, desde a criação do Homem até o presente(...). Foi ela o repositório primordial de todo Poder e Verdade, a ela confiados desde tempos imemoriais. Somente ela, como disse Paulo, estava na posse do Sacrossanto(...). A coroa do Soberano do Mundo tornar-se-á razão pura e, seu cetro, Amor ativo. O Santuário lhe conferirá unção e poder para libertar a compreensão do povo de preconceitos e trevas.” Karl von Eckartshausen.
“A Irmandade de Shambhala é presidida por uma restrita Hierarquia de seres superiores aos quais freqüentemente se faz alusão sob o nome de Mahatmas. São seres sobre-humanos, dotados de poderes sobrenaturais que acabaram a sua evolução neste planeta mas permaneceram com a humanidade a fim de facilitarem o seu progresso espiritual”, Serge Toussaint.

“Sim, de certa forma, o Alto Conselho é o Governo Oculto do Mundo, mas um governo esclarecido que respeita as liberdades e só intervém nos negócios mundiais para o bem dos homens. Conter erros e suas conseqüências trágicas, sem, no entanto, intervir na liberdade coletiva do mundo e nas lições que devem ser tiradas de ações erradas implica uma vigilância ininterrupta.”  Raymond Bernard. 

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