terça-feira, agosto 30, 2011

A MAÇONARIA


A MAÇONARIA - UMA VISÃO SIMPLES E RÁPIDA PARA OS APRENDIZES


ORIENTAÇÕES PRELIMINARES PARA OS APRENDIZES

As presentes orientações, em caráter apenas inicial, têm o objetivo de situar o Aprendiz dentro do contexto maçônico. Não têm a pretensão de ser exaustivas, apenas, de forma simples, pretendem facilitar o ingresso dos novos Irmãos na Ordem.

                      A MAÇONARIA NO CONTEXTO MUNDIAL E LOCAL


Conforme consta da proposta de ingresso na Ordem, recebida pelos Candidatos antes da Iniciação, a Maçonaria é uma Associação de homens livres e de bons costumes, que visa ao progresso individual e ao progresso da humanidade, através da sua doutrina, somente transmitida aos homens aceitos na Ordem, após ampla investigação das suas vidas pessoais. Os seus princípios já são do conhecimento dos Aprendizes, pela leitura da proposta citada.
A Maçonaria existe em todo o mundo e, como toda associação humana, é organizada administrativamente.

Tal organização se dá através de grupos de Maçons, organizados em pequenas assembléias, chamadas "Lojas", que por sua vez se agrupam com outras, coligadas, no que chamamos "Potência Maçônica".

No mundo, as Potências se respeitam e se consideram irmãs, constituindo a Grande Fraternidade Mundial, a chamamos de Maçonaria.

No Brasil, as Potências se denominam de "Grandes Lojas", "Grande Oriente do Brasil" e "Grandes Orientes Independentes", estes organizados por Estado Federativo, e reunidos numa Associação chamada COMAB - Confederação Maçônica do Brasil.

Todas as Potências estão espalhadas pelo Brasil inteiro, através das inúmeras "Lojas" existentes em nosso território e se respeitam mutuamente, como irmãs que são. Os Maçons têm livre acesso a quaisquer das Potências, sendo recebidos em qualquer uma delas como Irmãos que somos, sem nenhuma distinção, desde que estejam em situação regular perante a sua Potência de origem.

Nós, aqui desta Assembléia de homens livres e de bons costumes, e pertencemos ao "Grande Oriente Independente de Pernambuco", associação civil, com ato Constitutivo – a nossa Constituição Maçônica - publicada no Diário Oficial de Pernambuco, onde está disposta a organização do nosso Grande Oriente, acerca da qual teceremos algumas pequenas observações.

O "Grande Oriente Independente de Pernambuco", pela sua Constituição, está organizado como um Estado dentro do estado brasileiro.

Como um Estado, nós temos uma estrutura que contempla um Poder Judiciário, um Poder Executivo e um Poder Legislativo. Em palestra futura, falaremos sobre cada um deles. Em especial, queremos apenas chamar a atenção que estes três poderes, assim como no Estado Brasileiro, são independentes e harmônicos.
Independentes, como o próprio nome diz, porque são livres em suas decisões, cada um com as funções que lhe são próprias, ou seja, o Poder Legislativo responde pela Legislação, o Poder Judiciário zela pela sua fiel observância e o julgamento dos litígios decorrentes da aplicação das normas jurídicas e o Poder Executivo trata de executá-las e gerir administrativamente o nosso Grande Oriente. Não há subordinação de um em relação ao outro.

Naturalmente, é importante observar, toda a nossa Constituição e, conseqüentemente, todo o nosso Grande Oriente, são regidos pelas leis do nosso País, em especial a nossa Constituição. Não poderia ser diferente, tendo em vista que vivemos em um regime de Estado de Direito e tal prerrogativa está presente na nossa Constituição Federal, no seu artigo 5º, que permite a livre associação, desde que dentro das suas normas.

Cabe lembrar que um dos artigos da nossa Constituição Maçônica ressalta tal obrigatoriedade, assim como consta também, do Catecismo de Aprendiz, que o Maçom deve seguir as leis do Estado em que a Providência o colocou.

Como dissemos, o Grande Oriente está organizado em Lojas que, por sua vez, são independentes umas das outras, cada uma com o seu Regulamento próprio.

As Lojas são organizadas segundo uma estrutura de cargos (Venerável, Primeiro e Segundo Vigilantes, Orador, Secretário, Mestre-de-Cerimônias, etc.), cada um com atribuições específicas, as quais serão objeto de estudo futuro.

Ao contrário da nossa Constituição, que é pública, os nossos ensinamentos e a nossa doutrina são secretos, somente transmitidos e estudados em Loja, isto, em Assembléia de Maçons, regularmente reunidos para tal fim.

Na Loja, são transmitidos e estudados a nossa Doutrina e os nossos assuntos internos, nada podendo ser transmitido além-porta, do que aqui for discutido.

A maneira de se ingressar e se comportar em Loja, as obrigações e deveres de cada Irmão, é matéria que requer estudo mais detalhado e minucioso, que, ao transcorrer das nossas reuniões, será paulatinamente repassada aos Irmãos.

Sobre este aspecto, é de se lembrar que a Doutrina Maçônica é dividida em Graus, que vão de Aprendiz, Companheiro e Mestre – chamados os Graus Simbólicos – até os demais Graus Filosóficos. Este aspecto nos leva a ressaltar que a hierarquia presente em nossa Ordem não guarda nenhuma relação com o mundo exterior, possuindo uma natureza própria, filosófica.
A nossa Constituição, no seu artigo 14, inciso I, garante a livre manifestação do pensamento, respondendo o Irmão, obviamente, pelos excessos que cometer. Sendo assim, todos têm direito a se manifestar, no Templo. Naturalmente, há o momento certo para manifestação de cada Irmão, conforme esteja no Oriente, ou em uma das colunas.

Somente, como exemplo, podemos presenciar, em nossa Loja, um Desembargador ou um Oficial da Polícia Militar prestar reverência a um Irmão que seja, por exemplo, comerciante, ou artista plástico.

Assim, o nosso Mundo é totalmente diferente do mundo lá fora. E aí está a Grande beleza da Maçonaria.
O sentimento que será mais exigido dos Irmãos, na minha opinião, é a tolerância, assunto tão importante para a Maçonaria que, com certeza, será objeto da fala de algum dos nossos Irmãos.

Apenas para começar, peço tolerância aos Irmãos Aprendizes para compreender que todos nós, embora busquemos a permanente melhoria e aperfeiçoamento pessoal, somos humanos, naturalmente com defeitos e virtudes, e que os erros cometidos e que porventura venham a ocorrer estão dentro do que esperamos da nossa própria natureza.

Ou seja, não somos Santos.

Não procuramos, aqui, doutores e palavras bonitas, por exemplo, mas sim o verdadeiro sentido para a nossa existência, através de uma relação pessoal diferente da existente depois daquela porta, como verdadeiros irmãos, cultuando o amor, a amizade sincera e o respeito mútuo. Numa só palavra, cada um de nós aceita o outro como um amado irmão, não como uma palavra bonita, mas como um verdadeiro propósito de, desta forma, proceder.

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