sexta-feira, setembro 02, 2011

OS DIFERENTES ALFABETOS

A Escrita Celestial:
A escrita Celestial é o alfabeto hebraico mais antigo, usado pelos hebreus antes do período de exílio na Babilônia, que ocorreu no séc. VI a.C. Voltando ao alfabeto, ele é formado por 22 consoantes e escrito da direita para a esquerda. Seu nome deriva da tradição de que seus caracteres foram vistos pelos antigos sacerdotes hebreus entre os astros do céu.
Alfabeto dos Magos:
O Alfabeto dos magos, ao contrário da escrita Celestial é uma variante mais moderna do hebraico quadrado. Também escrito de trás para frente, esse alfabeto foi muito utilizado em diversos grimoires, principalmente pelos alquimistas, que visavam assim manter ocultas suas fórmulas e anotações dos olhos leigos, embora não fossem muito utilizadas em simbologia, muitas chaves (invocações) eram escritas utilizando-se do alfabeto dos magos na época.
Alfabeto Tebano:

Também chamado Alfabeto Theban, ou Alfabeto das Bruxas. Foi muito popular e utilizado nas décadas de 1960 e 1970.
O Alfabeto Theban apareceu pela primeira vez em livros de Cornélio Agrippa, em 1521, mas acredita-se que seja ainda mais antigo... digo isso porque a ausência das letras U/J/W nos mostra que tem origem latina, originado antes de séc. XI.
A origem de suas letras e símbolos é misteriosa. Nunca chegou a ser um alfabeto utilizado com freqüência nos meios Ocultistas. Veio a ser  conhecido e utilizado novamente quando Gerald Gradner (o criador da tradição Wiccan Gardneriana) o reinventou...  Por não ter ligação com o hebraico, não é escrito de trás para frente.
Alfabeto Hebraico:
O Alfabeto Hebraico, também chamado de Alfabeto Cabalístico é o alfabeto mais utilizado e conhecido nos meios Ocultistas, sendo que grande parte dos outros alfabetos místicos são criações dele. O Alfabeto Hebraico foi desenvolvido a partir do Sec. VI A.C. e sua criação é atribuída a Esdras. Segundo a Cabala, as 22 letras do alfabeto hebraico, associadas às 10 Sephirots da Cabala formam a matéria-prima que Deus usou para criar o Universo, As Séfiras são representadas em uma árvore... Cada uma dessas 22 letras representam um significado específico, e é atribuído um valor numérico a cada uma delas, e quando elas se juntam nas mais diversas combinações, seria o mesmo que estar montando uma equação numérica, dessa equação numérica de significados nasceram os conceitos, as idéias, a natureza e a própria História.  (Ex.: 666, número solar, 777, número associado a Deus). Dele também se originou o Tarot, e esta intimamente ligado as Sephirots, a Alquimia, a quase todos os símbolos místicos, operações magísticas, magia cerimonial e ocultismo em geral. Também é escrito de trás para frente.
Alfabeto Enochiano:

O Alfabeto Enochiano representa a linguagem angélica que foi transmitida a Dee e Kelly, sendo tão poderosa que teve seus nomes anunciados de trás para frente, de modo a prevenir a conjuração acidental de algumas entidades. Acreditava-se que a simples pronúncia do nome destas entidades seria suficiente para conjurá-la, ou pelo menos algum aspecto seu. Cada letra do Alfabeto Enochiano apresenta sua correspondência planetária, elemental e nos Arcanos Maiores do Tarot,além de seu valor gemátrico. Para a utilização deste sistema mágico é imprescindível a correta pronúncia dos nomes e fórmulas.
Alfabeto Futhark (Runas)
Um dos antigos alfabetos místicos muito utilizado pelos nórdicos e que é, até hoje, utilizado como oráculo. A palavra Runa significa secreto, empregada para indicar um sonho misterioso, uma doutrina oculta ou um escrito hermético. Antes de aprender os caracteres romanos, os antepassados conheciam os signos chamados Glifos que compunham a escrita alfabética Futhark, a qual originou as runas. 
Alfabeto Ogham:
O Alfabeto Ogham (pronunciado ouam), também chamado de alfabeto Duídico sagrado, era o alfabeto utilizado pelos Celtas. Os Celtas acreditavam que muitas árvores eram habitadas por espíritos, por isso nomearam o nome de cada letra de seu alfabeto com um nome de uma árvore em específico. Os antigos Celtas usavam o alfabeto Ogham na realização da magia. Atiravam também paus divinatórios gravados com os símbolos do alfabeto Ogham. O Ogham era escrito da esquerda para a direita em manuscritos, e de baixo para cima em pedras. A linha central representa um tronco de árvore, e os traços representam os ramos.
Alfabeto Malaquim:
O Alfabeto Malaquim é um dos mais antigos alfabetos místicos existentes. Ele seria uma evolução do alfabeto celestial (citado acima). O Alfabeto Malaquim serviu de intermediário para a criação e origem do alfabeto cabalístico como o conhecemos hoje (o alfabeto hebraico) é também escrito da direita para esquerda. 
Alfabeto Maçônico / Rosa-Cruz:
Esse alfabeto é utilizado especificamente por algumas ordens maçônicas e Rosa-Crucianas. O Alfabeto maçônico foi freqüentemente usado no sec. 17, e até hoje muitos praticantes de Ordens Maçônicas o utilizam para se identificarem, ou em seus escritos. 
Alfabeto Aramaico:
O alfabeto Aramaico foi um alfabeto muito difundido na região da Mesopotâmia a partir do século VII A.C., sendo então adotado pelos persas. Foi o dialeto que antecedeu o hebraico. Estudando o alfabeto aramaico, consegue-se conhecer a pronunciação dos nomes e dos sons das consoantes que formam o alfabeto hebraico. 

Qabalah

A Qabalah é geralmente considerada uma doutrina mística da religião judaica. Na realidade, ela é mais do que isso: seu pensamento, extremamente rico, não se enquadra num sistema filosófico ou religioso, não tem nada de dogmático.
De acordo com a tradição judaica, historicamente a Qabalah teria surgido da seguinte forma: "Moisés recebeu (Kibel: deste termo deriva kabalah ou Qabalah) a Tora (o Ensinamento, a Lei) sobre o Monte Sinai; ele transmitiu (ou-messara) a Josué, que por sua vez a remeteu aos profetas e estes últimos a transmitiram aos membros da Grande Sinagoga.
A Qabalah, entretanto, segundo os estudiosos, entre estes Alexandre Safran (La Cabale - Ed. Payothéque), ultrapassa, em antiguidade, a Revelação Judaica. Ela remonta aos tempos pré-históricos. Moisés a teria introduzido na história de Israel. A Qabalah transpôs os limites de uma mística religiosa, para ser mais bem compreendida como uma tradição esotérica.
O OCULTISMO é o estudo do espírito e da matéria, de DEUS e da humanidade, das origens e do Destino. É a verdadeira ciência da vida. Não há nenhum dogma no ocultismo, mas há um certo número de hipóteses, como em qualquer ciência. Os OCULTISTAS julgam que “nada existe sem um propósito”; eles argumentam que deve haver um "PLANO SUPERIOR” para a criação e evolução do Universo, que abrange as galáxias e os sistemas solares, os sóis e os planetas, os átomos e as plantas, os animais e toda a humanidade.
Dentro deste PLANO SUPERIOR estão os incontáveis PLANOS SECUNDARIOS de toda a Criação, cada qual entrelaçado e inter-relacionado num todo orgânico.
Todo o ocultista conhece as Leis de Hermes Trismegisto, ou Leis Herméticas. São estas Leis que foram encontradas escritas nas famosas tábuas esmeraldinas, nas Pirâmides do Egito, e nada mais são do que leis que atualmente a física tradicional somente confirma. Elas explicam as regras que regem toda a criação, e são os preceitos que auxiliam todo o ocultista no caminho da Verdade.
Uma dessas Leis é a LEI DO KARMA, ou Lei de Causa e Efeito. Assim diz o  Caibalion "Toda Causa tem seu Efeito; todo Efeito tem sua Causa; todas as coisas acontecem de acordo com a Lei; o Acaso é simplesmente um nome dado a uma Lei não reconhecida; existem muitos planos de causalidade, mas nada escapa à Lei" * Toda a ação física, ou ação mental (pensamento), retorna ao seu ponto de origem, como um bumerangue. A evolução prossegue sempre sob esta lei, e a experiência física (a re-encarnação) é apenas uma pequena parte dela.
Para entendermos este principio de evolução, esta Lei que rege todo o Mundo visível e invisível, é que devemos estudar o que os judeus chamam de “Cabala" ou a "ARVORE DA VIDA" ou KABALAH (QABALAH).
Na tradição ocultista ocidental usamos um Glifo, (que nada mais é que um conjunto de símbolos) representativos desta Árvore, e seu estudo prático, a meditação em seus símbolos e também o trabalho oculto prático (magia) proporciona ao estudante compreensão sobre esta Lei, e todas as outras Leis Herméticas (Caibalion*).
Muitos destes símbolos usados são Arquétipos, isto é, "conjuntos de símbolos" que foram definidos pelo psicólogo alemão Gustav Jung, como sendo a fonte que a nossa mente utiliza para chegar a uma definição, e que é comum a todo o gênero humano. Estes arquétipos são atemporais, e remontam a mais antiga memória da humanidade.
A Cabala (Qabalah) é indispensável ao Mago, e todo o Mago é Cabalista. A Magia é a arte de aplicar causas naturais para provocar efeitos surpreendentes. Existem dois caminhos para efetuar esta Magia, uma é a oriental Yoga, que, fazendo o vazio na mente, através da meditação e outras práticas físicas, procura alcançar a iluminação e a união com Deus. É uma fórmula mais passiva, e principalmente, subjetiva, que necessita de uma prática às vezes difícil para um ocidental.
No ocidente o Mago, mesmo pedindo ajuda a Yoga, utiliza o conhecimento das Sete Leis Herméticas aplicadas ao conhecimento da Cabala. Desta forma ele pode ter o controle sobre sua própria natureza, controlando cada elemento do seu corpo físico pelo exercício da VONTADE.
O Mago faz este caminho, quando se sente seguro para exercer este domínio, através da LUZ ASTRAL. E deve fazê-lo, principalmente por 3 motivos:

 - na LUZ ASTRAL ele vai encontrar um reflexo exato de si mesmo, do seu SELF, em todas as suas partes e qualidades e atribuições, e um exame deste reflexo, tende naturalmente a um "autoconhecimento".

 - a definição de LUZ ASTRAL, do ponto de vista da Magia é bastante vasto e encontra-se no Mundo de Azoth, Mundo que é compreendido entre o mundo físico e o mundo espiritual. Por isto a Luz Astral é uma "ponte" entre os dois mundos.
 - antes de transpor esta porção do mundo invisível, deve ser conhecido e dominado cada aspecto. O Mago deve submeter à sua vontade todos os elementos de uma esfera (Sephira) que lhe obedecerão de maneira INEQUIVOCÁVEL, porque no MUNDO REAL, os símbolos são representações arbitrárias de uma experiência ordinária, mas no MUNDO ASTRAL, estes símbolos assumem uma existência real, uma realidade tangível, e por isso são da maior importância.
As Evocações e Invocações então não são feitas pelos magos por curiosidade, mas com o único objetivo de trazer estas facetas ocultas (símbolos) para a sua consciência para, com sua VONTADE, exercer o seu DOMÍNIO.
A palavra QABALAH (KABALAH ou CABALA) vem do hebraico QBL, CABAL que significa (segundo alguns) "receber". Assim a Qabalah seria "Aquilo que foi recebido".
Dizem que os Rabinos a receberam dos Anjos, dizem que Moisés a recebeu de Deus, mas sua semelhança com o ZEND AVEST de ZOROASTRO indica que os Judeus podem ter recebido seus princípios da mesma fonte que inspirou ZOROASTRO. OTZ CHIIM, ou a ÁRVORE DA VIDA, é na verdade a Arvore do Bem e do Mal, a Arvore do Conhecimento, citada no Antigo Testamento. Ela é conhecida também como Escada de Jacó.

O Que é Maçonaria?

A Maçonaria é uma sociedade discreta, na qual homens livres e de bons costumes, denominando-se mutuamente de irmãos, cultuam a Liberdade, a Fraternidade e a Igualdade entre os homens. Seus princípios são a Tolerância, a Filantropia e a Justiça. Seu caráter secreto deveu-se a perseguições, à intolerância e à falta de liberdade demonstrada pelos regimes reinantes da época. Hoje, com os ventos democráticos, os Maçons preferem manter-se dentro de uma discreta situação, espalhando-se por todos os países do mundo. 


Sendo uma sociedade iniciática, seus membros são aceitos por convite expresso e integrados à irmandade universal por uma cerimônia denominada "iniciação". 

Essa forma de ingresso repete-se, através dos séculos, inalterada e possui um belíssimo conteúdo, que obriga o iniciando a meditar profundamente sobre os princípios filosóficos que sempre inquietaram a humanidade. 

O neófito ingressa na Ordem no grau de Aprendiz. Ao receber instruções e ensinamentos, galga ao grau de Companheiro e após período de estudos, chega ao grau máximo do Simbolismo, ou seja, o Grau de Mestre Maçom. 

Os Maçons reúnem-se em um local ao qual denominam de Loja, e dentro dela praticam seus rituais. Estes são dirigidos por um Mestre Maçom experimentado, conhecido por Venerável Mestre. Suas cerimônias são sempre realizadas em honra e homenagem a Deus, ao qual denominam de Grande Arquiteto do Universo, (G.'. A.'. D.'. U.'.). Seus ensinamentos são transmitidos através de símbolos dando assim um conhecimento hermenêutico profundo e adequado ao nível intelectual de cada indivíduo. 

Os símbolos são retirados das primeiras organizações Maçônicas, dos antigos mestres construtores de catedrais. "Maçom" em francês significa pedreiro. Devido a esse fato encontramos réguas, compassos, esquadros, prumos, cinzéis e outros artefatos de uso da Arte Real, ou seja, instrumentos usados pelos mestres construtores de catedrais e castelos, que são utilizados para transmitir ensinamentos. 

Por possuir um conhecimento eclético, a Maçonaria busca nas mais diversas vertentes suas verdades e experiências, dando um caráter universal a sua doutrina. 

A Maçonaria não é uma religião, pois o objetivo fundamental de toda sociedade religiosa é o culto à divindade. 

Cada Loja possui independência em relação às outras Lojas da jurisdição, mas estão ligadas a uma Grande Loja ou Grande Oriente, sendo estes soberanos. Cada Grande Loja ou Grande Oriente denomina-se de "potência". Essa é uma divisão puramente administrativa, pois as regras, normas e leis máximas, denominadas "Landmarks", são comuns a todos os Maçons. Um dos Landmarks básicos da Ordem é que o homem, para ser aceito, deve acreditar em um princípio criador, independente de sua religião. 

Seus integrantes professam as mais diversas religiões. Como no Brasil a grande maioria dos brasileiros são cristãos, adota-se a Bíblia como livro da lei. Em outra nação, o livro que ocupa o lugar de destaque no Templo poderá ser o Alcorão, o Torá, o livro de Maomé, os Vedas, etc., de acordo com a religião de seus membros. No preâmbulo da primeira Constituição editada pela Grande Loja, ficam registrados de forma clara os princípios em que se baseia a Ordem: 

" Maçonaria proclama, como sempre proclamou desde sua origem, a existência de um Princípio Criador, sob a denominação de Grande Arquiteto do Universo; a Maçonaria não impõe nenhum limite à livre investigação da Verdade, e é para garantir a todos essa liberdade que ela de todos exige tolerância; a Maçonaria é, portanto, acessível aos homens de todas as raças e de todas as crenças religiosas e políticas; a Maçonaria proíbe em suas Oficinas toda discussão sobre matéria partidária, política ou religiosa, recebe os homens quaisquer que sejam as suas opiniões políticas ou religiosas, humildes, embora, mas livres e de bons costumes; a Maçonaria tem por fim combater a ignorância em todas as suas manifestações; é uma escola mútua que impõe este programa: obedecer às leis do País, viver segundo os ditames da honra, praticar a justiça, amar o próximo, trabalhar incessantemente pela felicidade do gênero humano e para conseguir a sua emancipação progressiva e pacífica."

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