quinta-feira, novembro 21, 2013

ENOCH MAÇÔNICO

ENOCH MAÇÔNICO



Apesar de grande parte de maçons não a conhecer, a história de Enoch e do Dilúvio é bastante importante nos rituais maçônicos. Os escritos maçônicos mais antigos que fazem referência a Enoch procedem de dois manuscritos:
o de Inigo Jones e aquele de Wood. Apesar de esses documentos terem sido escritos no início do reinado de James I, da Inglaterra, dizem que é de comum acordo que os Antigos Deveres neles contidos são algumas centenas de anos mais antigos.
O rei James VI da Escócia foi feito maçom na Loja de Scoon e Perth em 1601, e em 1603 foiproclamado rei James I da Inglaterra. Foi ele quem autorizou uma nova tradução inglesa da Bíblia, conhecida como a Versão do Rei James, para evitar o que ele descreveu como "erros papais" das traduções anteriores. A seqüência dos acontecimentos é a seguinte:
• Em 1601, James VI torna-se maçom;
• Em 1603, James VI da Escócia é proclamado James I da Inglaterra;
• Em 1604, anuncia a criação de uma nova tradução da Bíblia;
• Em 1607, o autor do manuscrito Inigo Jones redige a tradição verbal das Origens da Maçonaria
em uma das mais antigas versões ainda conhecida pelos maçons que a chamam de Antigos Deveres;
• Em 1610, J. Whytestones redige o manuscrito Wood, uma ampla versão parecida com os Antigos
Deveres e a história da Maçonaria transcrita,segundo ele, de um documento mais antigo que foi perdido desde então;
• Em 1611, a Bíblia do Rei James é publicada e autorizada ao público.
Essa história tradicional sobre as origens da Confraria da Maçonaria apareceu na época em que os ensinamentos da Maçonaria foram levados à Inglaterra por rei James e a sua corte escocesa. Ela dá grande importância às realizações dos povos antes do Dilúvio e afirma que as sete ciências do quadrivium - Gramática, Retórica, Lógica, Matemática, Geometria, Música e Astronomia - eram altamente desenvolvidas antes do Dilúvio e que as pessoas que as desenvolveram previram a vinda do Dilúvio e preservaram os detalhes dessas ciências em dois pilares: um deles construído para resistir ao fogo e o outro para resistir à água. Além disso, os dois documentos declaram que os egípcios desenvolveram a civilização a partir da descoberta dos dois pilares após o Dilúvio, e se utilizaram desse conhecimento para criar suas grandes realizações.
O manuscrito Inigo Jones detalha as providências tomadas para preservar o conhecimento da Ciência durante a esperada catástrofe.
Alguns dos abandonados rituais da Maçonaria datando, no mínimo, do início do século XVII, contam uma história detalhada de como Enoch criou esses pilares de conhecimento e como foram encontrados por pedreiros que trabalhavam na construção do Templo de Salomão, há 3 mil anos.
A antiga lenda diz que os trabalhadores que preparavam a terra para assentar as fundações
deram de encontro com uma rocha oca que nada mais era que a pedra superior de uma arca abobadada que pertencera a um antigo templo de Enoch. Ao levantar essa pedra, e descendo na câmara, eles descobriram um dos grandes pilares de Enoch. Apesar de a Bíblia não ligar Enoch ao Dilúvio, Josephus, o historiador dos judeus do século I d.C., o faz. Esse soldado judeu que se tornara um estudioso romano e que dizem ter sido treinado pela comunidade de Qumran, declara que Enoch registrou informação astronômica em dois pilares.
Segundo os antigos rituais do Antigo Culto Escocês, os altos sacerdotes de Jerusalém que sobreviveram à destruição da cidade no ano 70 d.C. deram origem a grandes famílias na Europa e mil anos mais tarde fundaram a Ordem dos Cavaleiros Templários. Será que o seu conhecimento mais detalhado originou-se dessas famílias ou dos manuscritos de Qumran desenterrados pelos Templários debaixo da base do Templo de Jerusalém entre os anos 1118 e 1128?
Ainda há outra fonte de referência a respeito de Enoch contendo textos muito parecidos aos da Maçonaria. Trata-se de um livro antigo judeu perdido ao mundo ocidental por um período de 1.500 anos e redescoberto por um alto personagem maçônico no século XVIII.

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