segunda-feira, dezembro 30, 2013
segunda-feira, dezembro 23, 2013
segunda-feira, dezembro 16, 2013
A ROMÃ E A SUA PRESENÇA SIMBÓLICA NO UNIVERSO DA MAÇONARIA E DO JUDAÍSMO
A ROMÃ E A SUA PRESENÇA SIMBÓLICA NO UNIVERSO
DA MAÇONARIA E DO JUDAÍSMO
Escrito por José Ronaldo Viega Alves
“Até os mais simplórios dentre os
homens do teu povo estão transbordando com os Mandamentos Divinos, como uma
romãzeira carregada. Ao dizermos „... quando as romãzeiras florescem‟, referimo-nos aos meninos pequenos estudando a Torá,
sentados enfileirados diante de seus mestres, como as sementes de uma romã
acomodadas na polpa da fruta.” (Literatura Rabínica -Rabi Shimon Ben Lakish –
Shir HaShirim Cântico dos Cânticos – Tratado Rabá 6,17)
Introdução
Quando se resolve encetar um
estudo sobre determinado símbolo, sobre as suas origens e os significados
adquiridos ao longo do tempo, é impossível não depararmo-nos com surpresas.
Dentro do cabedal de informações disponíveis relativos à romã, lendas e mitos
que lhe são inerentes, foram surgindo a todo instante informações que,
misturando-se ao folclore, às religiões da Antiguidade e à cultura popular no
que tange as suas propaladas virtudes medicinais, compuseram todo um universo
próprio. De outro ângulo, outro tanto de informações. Agora, no que se referem
ao seu simbolismo dentro da Maçonaria, também iam ganhando volume, e ao final,
muitas delas indiferentes ao lado em que se encontravam, estavam conversando
entre si.
A romã, ao longo da história da
humanidade foi alvo de um verdadeiro culto. Sua abrangência geográfica é
enorme. Dos cultos pagãos da Antiguidade à Maçonaria, da Bíblia ao folclore
brasileiro, a verdade é que o seu simbolismo está presente no mundo todo.
Conforme o Rabino Henry Sobel: “A
romã é uma das sete frutas pelas quais a terra de Israel foi abençoada.”
Há relatos da utilização da romã
pelos egípcios, conforme fragmentos da mesma que foram descobertos em túmulos
datando de 2.500 anos a.C. Os hebreus atribuíram-lhe uma significação mística,
o que explica a veneração que dedicavam a ela. A título de informação, convém
citar o estudioso Maçom Mackey, que em algumas das suas citações, reproduzidas
por Nicola Aslan falou que os sírios da Antiguidade adoravam um ídolo de nome Rimmon,
o que gerou interesse pela alusão que contém com a língua hebraica onde, romã
chama-se rimon.
Na mitologia grega e romana, é
possível encontrarmos referências sobre esta fruta de alto valor simbólico,
seja em representações sobre o casamento, a fertilidade e a fecundidade, além
de representar também as mudanças que ocorrem nas estações do ano. Ainda, os
árabes, povo que se enquadra entre aqueles verdadeiros apreciadores da romã,
quando de sua presença na Espanha, cultivaram bastante a fruta tanto que a
cidade de Granada leva o nome da fruta desde o século VII, pois, granada em
espanhol significa romã. É dito que a origem mesmo da romãzeira está no Oriente
Médio, enquanto outros dizem que é no Egito. De qualquer forma, no Oriente,
mais precisamente na Palestina, existem três cidades com o nome desse fruto:
Gate Rimon, Rimon, e Em-Rimon.
A Árvore e as Frutas
Com relação à romãzeira, é um
arbusto frutífero que varia de 3
m a 7 m
de altura, possuindo muitos galhos, sendo que seus ramos são um tanto espinhosos
e as folhas são verde-escuras. As suas frutas, as romãs, tem o formato de uma
maçã, e o seu interior é cheio de sementes que ali estão recobertas por uma
polpa macia. No conjunto todo, praticamente todas as suas partes tem importante
valor medicinal, sejam utilizadas em sua forma tônica, diurética, tenífuga, ou
para combater os espasmos e inflamações. A casca do tronco, as folhas, as
flores (o líquido extraído das suas pétalas é utilizado para controlar a
disenteria), a raiz, a polpa e a casca das frutas (as cascas além de combaterem
a tênia, são utilizadas pela indústria química para a fabricação de adubos e
tintas). Também, o suco da romã era muito empregado no fabrico de uma espécie
de vinho, cuja finalidade era temperar vários pratos.
A Romã como Símbolo Religioso
A Romã por algumas das suas
peculiaridades e dentre elas o seu aroma, era utilizada desde a Antiguidade em
cerimônias de caráter religioso e também fúnebres, já que alguns povos antigos
acreditavam que o seu aroma conservava o corpo dos finados e as suas folhas,
sempre verdes, pareciam ser o penhor da imortalidade. O que em parte, faz com
que lembremos aqui, de outra planta de suma importância para a Maçonaria, a
acácia, e que tem seu simbolismo ligado também à imortalidade. Os povos semitas,
entre eles, particularmente os hebreus empregaram a romã, como símbolo em seus
monumentos religiosos, e aqui fazemos menção às Colunas do Templo de Salomão de
que trataremos mais adiante.
Jules Boucher, em sua obra mais
conhecida, optou por considerar em primeiro lugar o simbolismo religioso que
envolve a romã: “Esse fruto, de grãos tão numerosos, diz o Papa São Gregório,
simboliza a caridade que contém tantas virtudes. A Romã que, sob sua casca
esconde tantos grãos suculentos, simboliza a humildade, diz o bispo Barbier de
Montault. O mesmo autor faz da Romã o emblema do Papado, que exprime, diz ele,
a união de todos os filhos da Igreja em seu regaço materno.
A verdade, é que a romã está muito
presente nas Sagradas Escrituras, sendo citada inúmeras vezes em diferentes
contextos do Velho Testamento, pois, indiscutivelmente era muito apreciada e
cultivada naquelas regiões. Um exemplo:
“Farás, também a sobrepeliz da
estola sacerdotal toda de estofo azul. No meio dela haverá uma abertura para a
cabeça; será debruada essa abertura, como a abertura de uma saia de malha, para
que não se rompa. Em toda a orla da sobrepeliz farás romãs de estofo azul,
púrpura e carmesim; e campanhias de ouro no meio delas. Haverá em toda a orla
da sobrepeliz uma campanhia de ouro e uma romã, outra campanhia de ouro e outra
romã. Essa sobrepeliz estará sobre Aarão quando praticar o seu ministério, para
que se ouça o seu sonido, quando entrar no santuário diante do Senhor, e quando
sair, e isso para que não morra.” (Êxodo 28:31.35) Assim, é possível deduzirmos
que, romãs com propósitos ornamentais eram utilizadas para enfeitar as vestes
sumo sacerdotais de Israel.
Na realidade, isso pode ser
entendido da seguinte forma também: A Torá descreve a túnica que era utilizada
pelo Cohen Gadol. Essa túnica era enfeitada com sinos de ouro e romãs
alternados. No Talmud, está escrito que as romãs eram bordadas com fios azuis,
vermelhos e púrpuras. A bainha constante na túnica do Cohen Gadol tinha a
finalidade de anunciar sua presença quando ele adentrava ao Santuário para ali
expiar o pecado da maledicência. Na explicação do rabino Moshê Alshich, cada
medida da fala (sino)estava cercada por duas medidas de silêncio (as romãs), o
que bem traduzia a grande importância que deve ser dada ao pensarmos antes de
falarmos.
Outro exemplo das citações
bíblicas, é com relação aos nomes locativos, aqueles que se referem às várias
cidades que contém a palavra Rimon, e que supostamente tinham seus nomes
constituídos assim, por serem derivados de grande número de romãzeiras
existentes: “Lebaote, Silim e Rimon; ao todo, vinte e nove cidades com suas
aldeias.” (Josué 15:32)
A Romã como Símbolo na Maçonaria
Em todos os tempos, a romã
representou simbolicamente a fecundidade, a abundância e a vida. No âmbito da
Maçonaria o simbolismo da romã remete-nos em primeiro lugar, a essa
representação da abundância, onde: os seus grãos reunidos simbolizam claramente
os maçons unidos em torno de um ideal comum. O Irmão Theobaldo Varoli disse o
seguinte: “Como as romãs contém um grande número de sementes, devem sugerir ao
Maçom fertilidade e abundância, no sentido de disseminar a Maçonaria em todo o
mundo”. Castellani, parece que ampliou um pouco mais: “Os grãos reunidos em
grupo, e que são separados de outros grupos por uma tênue película, mostram
também que, embora divididos em Obediências e países, todos os Maçons fazem
parte do mesmo Corpo, simbolizado pela romã inteira.” Um outro ângulo desse
simbolismo, e citado por alguns autores, diz respeito ao fato de que a
romãzeira possui uma casca tóxica, mas, em contrapartida é um fruto muito
saudável, o que em outras palavras denotaria que os Maçons, mesmo sendo
egressos de um mundo mau por essência, podem alcançar a sua evolução para um
estágio sublime, ou um estado de excelsitude.
Entre as tantas leituras
realizadas, encontrei e selecionei um trecho de um trabalho que está creditado
a vários Irmãos intitulado “O Simbolismo da Romã” e que foi publicado na edição
300 da revista “A Trolha”. Nele há uma definição muito bem construída sobre o
simbolismo da romã na Maçonaria. Eis o trecho: “A romã é uma e ao mesmo tempo
múltipla. Seus grãos são rútilos, unidos, profícuos, cada um ocupando seu lugar
harmonicamente no espaço que lhe é reservado dentro do seu compartimento, como
os Maçons. Como um tecido biológico, composto por milhões de células. Retirada
uma minúscula parte, continua existindo, mas a parte faltante deixa sua marca
impressa no formato das partes vizinhas. Como um microcosmo, como um espelho do
Universo, onde todos os componentes se completam, se necessitam, se atraem, se
influenciam. E os compartimentos, tantos em número, e surpreendentes, parecendo
infindáveis, se por um lado aparentam estar isolados uns dos outros, na verdade
estão intimamente ligados, por fazerem parte do mesmo conjunto, tal como as
diferentes Lojas Maçônicas, que apesar de terem sua vida própria, servem à
mesma finalidade e formam um só todo.”
E ainda, da exegese que o Mestre
Castellani fez sobre o simbolismo da romã, citamos: “Os grãos reunidos em
grupo, que são separados de outros grupos pior uma tênue película, mostram
também que, embora divididos em Obediências e países, todos os Maçons fazem
parte do mesmo Corpo, simbolizado pela romã inteira.”
As Romãs nas Colunas “J” e “B”
Na Bíblia, como já vimos anteriormente,
a romã está muito presente. Há referências ao aparecimento das romãs nas malhas
que envolvem o capitel das Colunas que indicavam o acesso para o Templo de
Jerusalém, e que perfazem o número de 200 em cada um dos capitéis. Na
Maçonaria, sabemos que encimando ambas as colunas J e B, estão presentes em
cada uma delas, três romãs semi-abertas. No Painel Simbólico da Loja de
Aprendiz, também estão bem definidas. Conforme Jules Boucher: ”As duas Colunas
que costumam ser representadas no traçado da Loja do Aprendiz são encimadas por
três Romãs entreabertas, e se afastam assim da descrição bíblica.” Trata-se de
uma simplificação esquemática que se pode explicar se baseada, no fato de que
nos tempos antigos esse Painel era traçado com giz no chão do lugar onde era
feita a reunião dos Maçons. Num trabalho do Irmão Antonio do Carmo Ferreira,
ele diz: “A romã entra na Maçonaria por intermédio das “Colunas J e B” sobre as
quais se encontram, sendo que “muito importantes vem a ser o significado”,
mesmo que não sejam tantas, como na narração da Bíblia, quatrocentas ao todo,
mas como sugere Varoli que “para o simbolismo maçônico bastam três romãs no
capitel de cada coluna”.
As Romãs e o Rei Salomão Outro
aspecto, ao mesmo tempo, interessante e curioso, é o que encontrei no
Dicionário Maçônico de Rizzardo da Camino: “(...) No Cântico dos Cânticos a
mulher esperava o amado com vinho de romã. Sobre as colunas do Átrio do Templo
de Salomão, notavam-se fileiras de Lírios e Romãs; os lírios simbolizando a
virgindade e a pureza, a beleza feminina. Salomão, que chegou a possuir
novecentas concubinas, tomava o vinho de romãs para fortificar-se. O símbolo
maçônico da romã não significa a “união dos irmãos”, porque as suas sementes
são unidas e em número apreciável, mas era o atributo da virilidade que Salomão
desejou perpetuar nas Colunas, que são símbolos fálicos. Essa virilidade a
Maçonaria não toma como efeito sexual, mas como impulsionadora para o trabalho,
para a energia.”
Existe uma crença milenar sobre as
propriedades afrodisíacas da romã, talvez alicerçada no fato de ser considerada
a fruta da fecundidade, ou talvez pelos elogios que o Rei Salomão teceu a essa
fruta em seus poemas. Mas, que há um fundo de verdade em tudo isto, deve haver,
e para comprovar vejamos esta notícia que foi publicada há alguns tempos atrás:
”Um estudo realizado na Escócia escalou 58 voluntários para beber um copo de
suco de romã por dia, durante duas semanas. Após o período, o nível de
testosterona dos participantes aumentou de 16% a 30%. Eles concluíram que, se
aumenta a quantidade de testosterona no corpo, cresce também a vontade de fazer
sexo.”
Recolho lá no Livro da Lei, do
Cântico dos Cânticos 4:3 (Capítulo quarto, versículo terceiro) uma mostra da
bela poesia onde fica exposto um leve toque de erotismo: “Os teus lábios são
como uma fita de escarlate; e o teu falar é doce./ Assim como é o vermelho da
romã partida, assim são as tuas faces, /através do teu véu.”
A Romã e a Mitologia
Angelo de Gubernatis que estudou
profundamente a simbologia da romã e é citado por Jules Boucher escreveu: “O
grande número de grãos que o fruto da romãzeira contém fez com que ele fosse
adotado, na simbologia popular, como a representante da fecundidade, da geração
e da riqueza. Na forma da romã aberta pretendia-se reconhecer a forma da
vulva.” Ainda, diz ele: “Pretende-se que o fruto dado por Eva a Adão, e por
Paris a Vênus, não era uma maçã mas uma romã, e que quase sempre se deve
subentender uma romã quando se faz menção de uma maçã nos mitos e nos costumes
populares relacionados com o casamento.”
Ainda na mitologia grega, consta
que Perséfone, filha de Deméter e deusa da terra e da colheita, foi levada até
o inferno por Hades, que era o deus das profundezas. Durante o seu cativeiro,
Perséfone, jurou que não comeria nada. No entanto, não resistindo a uma romã,
comeu seis das suas sementes. Depois que Hades acabou perdendo mesmo Perséfone
para Deméter, ele ganhou a permissão de ter com ele por seis meses do ano, isso
por causa das seis sementes. Esses seis meses tornaram-se o inverno.
Digno de nota, o que disse o
professor Nicolau Sevcenko, professor de história da cultura da USP, pois, ele
menciona que na mitologia iraniana, o fruto desejado da árvore sagrada é a
romã, e não a maçã como o que foi divulgado no Ocidente. Ele disse, naquela
ocasião: “Na versão hebraica, há o Jardim do Éden e a serpente. Na versão
greco-romana, há o Jardim das Hespérides e o dragão Ladon. No mito iraniano, o
fruto desejado da árvore sagrada é a romã.”
A romã atravessou os séculos
cercada de mistérios e magia, assim como, um verdadeiro culto foi sendo erigido
em seu redor, culto tão disseminado, que venceu distâncias entre continentes
para perpetuar-se, sofrendo algumas adaptações aqui e ali, de cultura para
cultura. É possível encontrar semelhanças ou coincidências envolvendo aspectos
que misturam religião, cultos pagãos, costumes, mitologia e muito mais. Das
tantas aproximações que encontrei, elegi a que segue para exemplificar:
Mário Souto Maior que foi um
grande pesquisador das tradições nordestinas, em seus estudos citou o fato de
que no folclore nordestino, há o ritual de retirar sete caroços da mesma,
quando da passagem de ano. Deve-se comer um de cada vez, guardando as suas
sementes nos quatro cantos da casa ou utilizá- las na carteira. Isso teria o
poder, para quem cumpre o ritual e nele acredita, de que irá trazer-lhe sorte,
prosperidade e saúde durante todo o ano novo que estará começando.
A semelhança por mim detectada,
tem a ver com os costumes dos judeus de origem ocidental, no exposto pelo
Rabino Henry Sobel que, mencionou em determinada ocasião que os mesmos tem o
costume de colocar debaixo dos seus travesseiros , sementes da fruta, quando da
passagem do “Rosh Hashaná”, o Ano Novo Judaico, que é comemorado em setembro.
Ainda dentro do que se chama de
tradição rabínica, a romã tem sido usada como exemplo de um fruto que contém
muitas sementes, e onde, por um equívoco de leitura ou interpretação tem
subsistido a crença de que ela possui 613 sementes, a exemplo das 613
“mitsvot”, ou 613 mandamentos constantes na Torá, divididos entre afirmativos e
negativos, na relação que pode ser entre o homem e Deus ou entre o homem e o
homem. O equívoco é generalizado, mas, em todas as situações em que a alusão
aparece, a interpretação correta é para ser no sentido de abundância e só, o
que descarta então, qualquer afirmação peremptória de que há no interior da
fruta 613 sementes que vão coincidir exatamente com o número de mandamentos
divinos totalizados também em 613.
Conclusão
A romã certamente é possuidora de
um simbolismo muito rico, tanto que desde os tempos mais remotos da humanidade
vem fazendo parte do seu imaginário e de muitos costumes que até hoje são
preservados. Inúmeras vezes citada na Bíblia. Símbolo da prosperidade e da
sorte, por isso, inserida nos rituais da passagem do ano. Uma das sete frutas
(Haminim Shivat), pelas quais a terra de Israel era louvada. Para os assírios
era o símbolo da vida, e os sacerdotes egípcios além de utilizarem-na em seus
atos litúrgicos iniciáticos, consideravam-na um símbolo sagrado. Tida como
possuidora de atributos afrodisíacos, foi perpetuada na poesia do Rei Salomão.
Na Arte Real, guarda relação com outros símbolos como a Cadeia de União, a Orla
Dentada, a Corda de 81 Nós e o Pavimento Mosaico. Na Arte Real, são emblemas
que decoram as colunas J e B dos Templos e cujos grãos simbolizam a
prosperidade e a solidariedade da família maçônica. Enquanto cada romã
representa a Loja e a sua universalidade, as sementes da fruta representam os
maçons.
Há muito para se refletir e há
muito para aprender sobre o simbolismo das romãs dentro da Maçonaria. Muito do
que significa para nós tem suas origens lá no Velho Testamento, portanto no
Judaísmo, e por isso as aproximações construídas ao longo deste trabalho.Cada vez
que adentramos ao nosso sagrado Templo e as divisamos sobre as Colunas, três em
cada uma delas, cabe perguntarmo-nos, ao menos, o quanto realmente sabemos
sobre elas e o quanto elas significam.
Em um trecho do Talmud, o povo
judeu é comparado às romãs. A passagem diz assim: “Teu tempo é como um pedaço
de romã...” (Shir Hashirim 4:3) O que é interpretado da seguinte forma: “até os
mais vazios entre vocês estão repletos de boas ações como a romã (repleta de
sementes).” Belíssima lição.
segunda-feira, dezembro 02, 2013
As XV Leis Herméticas de Hermes Trismegisto
As XV Leis Herméticas de Hermes Trismegisto
Hermes Trismegistus; em grego ρμς Τρισμέγιστος, "Hermes, o três vezes grande"
O Todo é Mente e o Universo é mental, por isto o que está fora é o reflexo do que está dentro. Nada está parado, tudo se move tudo vibra e tudo é duplo, tudo tem dois pólos, tudo tem o seu oposto. O igual e o desigual são a mesma coisa. Os extremos se tocam. Todas as verdades são meias-verdades. Todos os paradoxos podem ser reconciliados pois tudo tem fluxo e refluxo, tudo tem suas marés, tudo sobe e desce, o ritmo é a compensação. O Gênero está em tudo: tudo tem seus princípios Masculino e Feminino, o gênero manifesta-se em todos os planos da criação. Toda causa tem seu efeito, todo o efeito tem sua causa, existem muitos planos de causalidade, mas nenhum escapa à Lei. Neste pequeno texto são encerradas as 7 principais leis herméticas. As Leis do Hermetismo estão contidas na 'Tabula Smaragdina' (Tábua de Esmeralda). O texto em latim, escrito por João de Sevilha (Johannes Hispaniensis), em 'Secretum Secretorum, é o seguinte:
I.
'Verum sine mendacio, certum et verissimum:' (É verdade, certo e muito verdadeiro:)
II.
'Quod est inferius est sicut quod est superius, et quod est superius est sicut quod estinferius, ad perpetranda miracula rei unius.' (O que está em baixo é como o que está em cima e o que está em cima é como o que está em baixo, para realizar os milagres de uma única coisa.)
III.
'Et sict omnes res fuerunt ab Uno, mediatione unius, sic omnes res natæ fuerunt ab hacuna re, adaptatione.' (E assim como todas as coisas vieram do Um, assim todas as coisas são únicas, por adaptação.)
IV.
'Pater ejus est Sol, mater ejus Luna; portavit illud Ventus in ventre suo; nutrix ejusTerra est.' (O Sol é o pai, a Lua é a mãe, o vento o embalou em seu ventre, a Terra é sua alma;)
V.
'Pater omnes Telesmi totius mundi est hic.' (O Pai de toda Telesma do mundo está nisto.)
VI.
'Vis ejus integra est, si versa fuerit in Terram.' (Seu poder é pleno, se é convertido em Terra.)
VII.
'Separabis terram ab igne, subtile a spisso, suaviter, cum magno ingenio.' (Separarás a Terra do Fogo, o sutil do denso, suavemente e com grande perícia.)
VIII.
'Ascendit a terra in cœlum, interumque descendit in terram et recipit vim superiorumet inferiorum.' (Sobe da terra para o Céu e desce novamente à Terra e recolhe a força das coisas superiores e inferiores.)
IX.
'Sic habebis gloriam totius mundi.' (Desse modo obterás a glória do mundo.)
X.
'Ideo fugiet a te omnis obscuritas.' (E se afastarão de ti todas as trevas.)
XI.
'Hic est totius fortitudinis fortitudo fortis: quis vincet omnem rem subtilem omnemquesolidam penetrabit.' (Nisso consiste o poder poderoso de todo poder: Vencerás todas as coisas sutis e penetrarás em tudo o que é sólido.)
XII.
'Sic mundus creatus est.' (Assim o mundo foi criado.)
XIII.
'Hinc erunt adaptationes mirabiles quarum modus est hic.' (Esta é a fonte das admiráveis adaptações aqui indicadas.)
XIV.
'Itaque vocatus sum Hermes Trismegistus, habens tres partes philosophiæ totiusmundi.' (Por esta razão fui chamado de Hermes Trismegistos, pois possuo as três partes da filosofia universal.)
XV.
'Completum est quod dixi de Operatione Solis.' (O que eu disse da Obra Solar é completo.)
terça-feira, novembro 26, 2013
CALENDÁRIOS MAÇÔNICOS
Calendários
Maçônicos
Para medir a passagem dos anos, é necessário ter um ponto de
referência. Para o mundo cristão, essa referência é o nascimento de Jesus,
sendo as datas posteriores abreviadas A. D. (Anno Domini, ano do Senhor).
Para os árabes, é a Hégira,
a fuga de Maomé de Medina (622
a . C.).
Os judeus, por sua vez, começaram a contar os anos a partir da
data da criação do mundo, 3760
a . C., segundo eles.
Muitas são essas referências em Maçonaria. Vejamos :
Anno Benefacionia (A. B.) Ø
|
O ano da Bênção de Abraão pelo Alto Sacerdote Melquizedeque. É
usado na Ordem dos Sumos Sacerdotes.
Soma-se 1913 ao ano cristão.
Este ano seria 2013 + 1913 =
|
Anno Depositionis (A. Dep.) Ø
|
O ano do depósito, usado pelos Reais e Seletos Mestres, dos Graus Crípticos do Rito de York
americano. Obtém-se somando 1000 ao ano cristão.
Este ano seria 2013 + 1000 =
|
Anno Inventionis (A. I.) Ø
|
O ano da descoberta, usado pelos Maçons do Real Arco.. Soma-se
530 ao ano cristão.
Este ano seria 2013 + 530 =
|
Anno Lucis (A. L. ou V. L. Ø
|
O ano da Luz, a suposta data da criação do mundo, usado
largamente nos Graus Simbólicos.
Soma-se 4000 ao ano cristão.
Este ano seria 2013 + 4000 =
|
Anno Mundi (A. M.) Ø
|
O ano do Mundo, usado no Rito
Escocês americano. Assemelha-se ao calendário hebreu (Anno Hebraico), exceto por não começar
Este ano seria 2013 + 3760 =
|
Anno Ordinis (A. O.) Ø
|
O ano da Ordem, usado pelos Cavaleiros
Templários, do Rito de York, designando o ano em que foi fundada a Ordem dos Templários,
Este ano seria 2011 - 1118 =
|
Bibliografia: O Livro dos Dias (na Tradição Maçônica),
Autores Irmãos Felisberto S. Rodrigues, João Guilherme C. Ribeiro, Constantino
João Neto, Oswaldo Mulé Filho, Carlos Alberto G. Pereira e Ruyter C. Ribeiro,
Janela Editorial e Gráfica Ltda.
Colaboração:
Ir.·. Roberto da Costa Gomes, M.·. M.·., 33º.
quinta-feira, novembro 21, 2013
ENOCH MAÇÔNICO
ENOCH MAÇÔNICO
Apesar de grande parte de maçons não a conhecer, a história de Enoch e do Dilúvio é bastante importante nos rituais maçônicos. Os escritos maçônicos mais antigos que fazem referência a Enoch procedem de dois manuscritos:
o de Inigo Jones e aquele de Wood. Apesar de esses documentos terem sido escritos no início do reinado de James I, da Inglaterra, dizem que é de comum acordo que os Antigos Deveres neles contidos são algumas centenas de anos mais antigos.
O rei James VI da Escócia foi feito maçom na Loja de Scoon e Perth em 1601, e em 1603 foiproclamado rei James I da Inglaterra. Foi ele quem autorizou uma nova tradução inglesa da Bíblia, conhecida como a Versão do Rei James, para evitar o que ele descreveu como "erros papais" das traduções anteriores. A seqüência dos acontecimentos é a seguinte:
• Em 1601, James VI torna-se maçom;
• Em 1603, James VI da Escócia é proclamado James I da Inglaterra;
• Em 1604, anuncia a criação de uma nova tradução da Bíblia;
• Em 1607, o autor do manuscrito Inigo Jones redige a tradição verbal das Origens da Maçonaria
em uma das mais antigas versões ainda conhecida pelos maçons que a chamam de Antigos Deveres;
• Em 1610, J. Whytestones redige o manuscrito Wood, uma ampla versão parecida com os Antigos
Deveres e a história da Maçonaria transcrita,segundo ele, de um documento mais antigo que foi perdido desde então;
• Em 1611, a Bíblia do Rei James é publicada e autorizada ao público.
Essa história tradicional sobre as origens da Confraria da Maçonaria apareceu na época em que os ensinamentos da Maçonaria foram levados à Inglaterra por rei James e a sua corte escocesa. Ela dá grande importância às realizações dos povos antes do Dilúvio e afirma que as sete ciências do quadrivium - Gramática, Retórica, Lógica, Matemática, Geometria, Música e Astronomia - eram altamente desenvolvidas antes do Dilúvio e que as pessoas que as desenvolveram previram a vinda do Dilúvio e preservaram os detalhes dessas ciências em dois pilares: um deles construído para resistir ao fogo e o outro para resistir à água. Além disso, os dois documentos declaram que os egípcios desenvolveram a civilização a partir da descoberta dos dois pilares após o Dilúvio, e se utilizaram desse conhecimento para criar suas grandes realizações.
O manuscrito Inigo Jones detalha as providências tomadas para preservar o conhecimento da Ciência durante a esperada catástrofe.
Alguns dos abandonados rituais da Maçonaria datando, no mínimo, do início do século XVII, contam uma história detalhada de como Enoch criou esses pilares de conhecimento e como foram encontrados por pedreiros que trabalhavam na construção do Templo de Salomão, há 3 mil anos.
A antiga lenda diz que os trabalhadores que preparavam a terra para assentar as fundações
deram de encontro com uma rocha oca que nada mais era que a pedra superior de uma arca abobadada que pertencera a um antigo templo de Enoch. Ao levantar essa pedra, e descendo na câmara, eles descobriram um dos grandes pilares de Enoch. Apesar de a Bíblia não ligar Enoch ao Dilúvio, Josephus, o historiador dos judeus do século I d.C., o faz. Esse soldado judeu que se tornara um estudioso romano e que dizem ter sido treinado pela comunidade de Qumran, declara que Enoch registrou informação astronômica em dois pilares.
Segundo os antigos rituais do Antigo Culto Escocês, os altos sacerdotes de Jerusalém que sobreviveram à destruição da cidade no ano 70 d.C. deram origem a grandes famílias na Europa e mil anos mais tarde fundaram a Ordem dos Cavaleiros Templários. Será que o seu conhecimento mais detalhado originou-se dessas famílias ou dos manuscritos de Qumran desenterrados pelos Templários debaixo da base do Templo de Jerusalém entre os anos 1118 e 1128?
Ainda há outra fonte de referência a respeito de Enoch contendo textos muito parecidos aos da Maçonaria. Trata-se de um livro antigo judeu perdido ao mundo ocidental por um período de 1.500 anos e redescoberto por um alto personagem maçônico no século XVIII.
quarta-feira, novembro 06, 2013
O Incrível Hulk & Os Segredos Da Ira
O Incrível Hulk & Os Segredos Da Ira
Está escrito no Zohar (escrito há 2.000
anos):
“Afastai-vos do homem cuja respiração está em
sua narina”.
A principio, para aqueles que não são os
iniciados na Sabedoria Mística Universal (Qabaláh), isto poderá parecer uma
tolice, uma vez que todos “respiram pelo nariz”. Mas, para o iniciado, e que
conhece os segredos dos códigos hebreus criptografádos na Toráh (O Pentateuco),
o verso, claro, esconde um segredo, e este é sobre a Ira.
O termo hebreu para “Nariz (narina)” é “AF” e
que também significa Ira. Por exemplo, na Toráh diz: “E acendeu-se a Ira de
D´us contra Isra´El”. Em hebreu o verso é “Vai´char “AF” Adonai le´Isra´El.
Está escrito no Zohar, que quando alguém se
ira, causa com que sua “Alma Divina” seja expulsa de seu corpo, e é por este
motivo que quando alguém se ira ao extremo, sente um profundo vazio em seguida. O “vazio”
é porque sua “alma” foi exilada. Está faltando algo agora. Quando isto
acontece, o corpo permanece como residência apenas da “Alma Animal”, que era
somente o que os “Neandertais” possuíam no principio, e é ai onde entra a
“Criatura” o “incrível hulk”. Devemos ter em mente que a personagem foi criada
por um “Judeu (Stan Lee)”, que criptografou nela alguns segredos sobre a ira.
O nome do cientista que é transformado na
criatura é “Bruce Banner”, sendo que “Bruce” é de origem hebraica, e significa
“Bendito” uma referencia a “Alma Divina” e “Banner” do inglês (Bandeira,
estandarte), mas que na verdade é uma alusão a “Banish” que significa
“Banido/desterrado/exilado”.
domingo, novembro 03, 2013
MAÇONARIA: DISCRETA SIM, SECRETA NÃO !!!
MAÇONARIA: DISCRETA SIM, SECRETA NÃO !!!
A maçonaria foi e continua sendo encarada por muitos como sendo uma sociedade secreta. Dentro da realidade atual entretanto, a instituição não poderá ser considerada senão como sendo uma sociedade discreta. Há realmente, uma grande diferença entre esses dois conceitos. Como secreta dever-se-ia entender que se encobre na Maçonaria algo que não pode ser revelado, quando por discreta, entende-se que se trata de ação reservada e que interessa exclusivamente aqueles que dela participam.
Em realidade, a Maçonaria não é possuidora nem detentora de nenhum segredo misterioso como tem pretendido alguns. No vocabulário maçônico moderno, a palavra segredo, deve considerar-se como discrição. Assim o ensina a instrução de Grande Mestre, quando diz que o segredo dos Mestres é guardado em um cofre de papel coral, rodeado de marfim - a boca.
Já se foi aquele tempo em que a Maçonaria deveria encobrir toda a sua atividade sob o mais rigoroso sigilo e de tal forma, que esta reserva devia constituir ato secreto e até mesmo misterioso.
Era a instituição perseguida pelos poderosos, por aqueles que escravizavam os povos que não viam com bons olhos a liberdade de consciência, tiranos de todas as épocas, sanguinários e exploradores da humanidade.
Nos dias em que vivemos é quase dispensada a ação liberatória da Maçonaria e ela pode trabalhar livremente, dedicando-se mais à evolução intelectual e à assistência filantrópica.
Conserva porém, como princípio e tradição a sua maneira própria de agir, o uso de iniciação ritualística, a simbologia universal de suas práticas espiritualísticas e o seu caráter de organização restrita a seus membros.
Mantendo como uma de suas qualidades, o respeito e acatamento às leis, aos governos legalmente constituídos, nada tem que ocultar, a não ser as suas fórmulas ritualísticas, seus sinais, toques e palavras, como meio de reconhecimento recíproco de seus filiados, espalhados por todos os recantos do mundo.
Não se reveste mais a Maçonaria de um secretísmo absoluto, de vez que seus rituais são impressos e muitas de suas práticas. Tendo divulgação habitual, são conhecidos e estão ao alcance de muitos estudiosos.
Nesta condição, nada tem a Maçonaria de sociedade secreta. Exigindo reserva de seus seguidores quanto aos seus trabalhos, cultiva e difunde entre os Maçons, a virtude da discrição, segue uma tradição milenária e se põe, sempre, em posição, de em qualquer emergência, para se defender de opressores e manter as liberdades nacionais e humanas, volver ao passado e prosseguir em sua luta em defesa da liberdade, da igualdade e da fraternidade.
Fontes:
l Sociedades Secretas (A. Tenório de Albuquerque)
l A Total Perfectibilidade (Welington Paiva)
sexta-feira, outubro 25, 2013
TRÊS JANELAS
TRÊS JANELAS
Três Janelas estão representadas no "Quadro de Aprendiz": a primeira a Oriente, a segunda ao Meio-Dia e a terceira a Ocidente; nenhuma janela se abre para o Norte. Essas três janelas são cobertas por uma rede de arame. "Elas representam, diz Plantageneta, as três portas do Templo de Salomão, e essa evocação, se considerarmos isoladamente a Oficina Maçônica, poderia parecer, no mínimo, paradoxal. Mas não é nada disso. A rede que protege essas aberturas lembra que o trabalho dos operários é subtraído à curiosidade do profano, cujo olhar não sabe penetrar no Templo; mas sublinha que, se o olhar do Maçom não for detido pelo mesmo obstáculo, suas perspectivas são essencialmente diferentes. Com efeito, ele não pode olhar materialmente a vã agitação da rua, pois ao seu redor tudo está fechado, mas nem por isso, espiritualmente, ele deve determinar o movimento do mundo sensível encarado do ponto de vista em que ele se encontra".
"A Loja do Aprendiz não recebe nenhuma luz do exterior", escreve Wirth, que acrescenta: "Ela lembra, por esse detalhe, as criptas subterrâneas cavadas no flanco das montanhas, os hipogeus do Egito ou da Índia, o antro de Trofônio, etc. A Loja do Companheiro, em contrapartida, está em comunicação com o mundo exterior graças às três janelas..."
Ora, pelo que pudemos constatar, os antigos rituais maçônicos fazem menção de três janelas no grau de Aprendiz. Oswaldo Wirth suprimiu-as um tanto levianamente, para poder adaptar sua explicação à sua concepção.
Quanto a Plantageneta, ele fala das três portas do Templo de Salomão. Ora, na Bíblia se diz (I Livro dos Reis, VI, 4): "O rei fez na casa (no Templo) janelas com grades fixas". Ignora-se tudo a respeito do número dessas janelas e de sua disposição. Sabe-se, apenas, com certeza, que o Templo se abria de leste para oeste, como na maioria de nossas igrejas catedrais; desse modo, o Templo era iluminado pelo Sol ao nascer. A orientação geral era a mesma que a das igrejas, isto é, a construção estava orientada, em seu comprimento, no sentido Leste-Oeste, mas o Sol é que ia ao encontro do Santo dos Santos.
Os Maçons construtores sempre orientaram os Templos com a entrada para o Ocidente e de modo que as três janelas do "Quadro" sigam a marcha do Sol. Não existe janela ao Norte, porque o Sol não passa por aí.
As janelas são protegidas por redes não para impedir que os profanos olhem para o interior do Templo — pois se o Templo, fosse iluminado interiormente, uma simples rede de metal não seria suficiente para impedir que se visse o que acontecia dentro deles — mas simplesmente para impedir o acesso ao Templo.
O Templo fica isolado do mundo profano e o Maçom não deve sofrer nenhuma tentação para se tornar espectador do mesmo. Pelo contrário, é preciso que, ao sair do Templo, depois de ali ter haurido novas forças, o Maçom volte a ser um agente no meio à multidão anônima e aí distribua a Sabedoria, a Força e a Benignidade que adquiriu no Templo.
A janela do Oriente traz a doçura da aurora, sua renovação de atividade; a do Meio-Dia, a força e o calor; a do Ocidente dá uma luz que, à medida que se torna mais fraca, convida ao repouso. O Norte, escuro, como não recebe nenhuma luz, não precisa de janela.
Os trabalhos dos Maçons começam, simbolicamente, ao Meio-Dia e terminam à Meia-Noite. Começam ao Meio-Dia, quando o Sol brilha com toda a sua força no Templo.
Os Aprendizes são colocados ao Norte porque têm necessidade de serem esclarecidos; eles recebem assim toda a luz da janela do Meio-Dia. Os Companheiros, colocados ao Meio-Dia, precisam de menos luz, e a sombra provocada pela parede do Templo ilumina-os suficientemente. Na mesma ordem de idéias, notar-se-á que o Venerável e seus assessores recebem de frente apenas a luz do crepúsculo. Em contrapartida, os Vigilantes são alertados desde a aurora pela luz que os atinge em cheio.
Colaboração:
Ir.·. Wilson Serpa de Oliveira
quarta-feira, outubro 23, 2013
O MESTRE MAÇOM PERANTE A LOJA
O Mestre Maçom
perante a Loja
No meu entendimento, o
termo que mais bem ilustra o que deve ser o Mestre Maçom perante a Loja é
"disponível".
Disponível para
exercer os ofícios para que seja designado. Previamente a isso,
disponível para aprender os deveres dos ofícios que deve exercer. Durante esse
exercício, disponível para detetar, preparar e executar a melhor forma de
exercer o seu ofício. Sempre disponível para entender que o exercício de
qualquer ofício em Loja - incluindo o de Venerável Mestre; particularmente o de
Venerável Mestre - não constitui o exercício de um qualquer Poder, mas tão só
um serviço, o cumprimento do dever de cooperar na administração da Oficina.
Disponível para, cessado o período de exercício do ofício, deixar ao seu
sucessor tudo o que a ele é inerente pelo menos em tão boas condições como as
que recebeu - preferentemente, em melhores condições.
Disponível para
ensinar e aprender. Disponível para preparar e apresentar pranchas na Oficina.
Não será pedir muito a um Mestre Maçom que, pelo menos de dois em dois anos,
tenha uma prancha traçada pronta para ser exibida perante a sua Oficina - e se
todos os Mestres da Loja assim procederem, seguramente em todas as sessões de
Loja haverá trabalhos apresentados. Disponível para ouvir os trabalhos dos
demais e sobre eles ponderar e deles aproveitar o que lhe seja útil. Disponível
para debater, trocar opiniões, não para "ganhar discussões" mas para
extrair de diferentes conceções os pontos de convergência, as pontes de
ligação, os denominadores comuns, os patamares que permitam as evoluções das
posições expostas, os consensos atingíveis.
Disponível para as
tarefas e projetos e iniciativas que a Oficina leve a cabo. Para auxiliar na
execução das muitas boas ideias que surgem, independentemente de quem as tem.
Sobretudo disponível
para estar presente, não só fisicamente, mas com toda a sua diligência e atenção
- porque só assim será verdadeiramente útil à Loja e verdadeiramente a Loja lhe
será útil a ele.
Finalmente, também
disponível para, estando presente e pronto para o que preciso for, nunca impor,
nem a presença nem a disponibilidade, deixando que naturalmente todos
contribuam para todos. O Mestre Maçom integra, faz parte de uma Loja, não é
"dono" nem "mentor", nem colonizador da sua Loja. Tão
importante como estar disponível para a sua Loja é ter a noção e o equilíbrio
de que os demais também estão e que uma Loja saudável recebe os contributos de
todos, não só de alguns mais assertivos em fazê-lo. Há um tempo
para fazer e um tempo para descansar e deixar que os demais também façam. Numa
Loja equilibrada, não há "estrelas" nem "seguidores", todos
são "primas donas" e todos são "carregadores do piano" - a
vez de ser uma ou outra coisa chega a todos e deve ser por todos bem acolhida.
O Mestre Maçom que verdadeiramente o é tem a clara noção de que a Loja deve ter
todos disponíveis, mas ninguém insubstituível - o cemitério, esse sim, é que
está cheio de insubstituíveis... e a vida continua...
Em suma, disponível
para entender e praticar que integrar uma Loja maçónica é dar e receber. E,
portanto, que se impõe estar sempre disponível para dar ao grupo a colaboração,
a atividade, a solidariedade, a atenção, o tempo, o esforço, que o grupo
necessita e merece que se lhe dê, mas também saber estar disponível para
receber do grupo e de todos os demais que o integram a ajuda, os ensinamentos,
as críticas, as opiniões, as sugestões, os contributos que o ajudarão a
conseguir ser um pouco melhor. Ao contribuir para a Loja, para o grupo, está a
juntar-lhe algo que fará do todo um grupo melhor. Quanto melhor for o grupo,
dele mais e com mais qualidade receberá e aproveitará. E indivíduo e grupo
mutuamente se vão fortalecendo, vão progredindo, vão melhorando, num virtuoso
ciclo que só depende de um pouco do esforço e da contribuição de cada um.
Dar e receber. Estar
disponível para ambas as ações. É, afinal, tão simples ser maçom...
Rui Bandeira
O ESCRIBA
O Escriba
O escriba profissional era uma importante figura nos vários aspectos da administração do antigo Egito — civil, militar e religioso. A maioria dos egípcios não sabia ler e escrever e quando uma pessoa iletrada precisava redigir ou ler um documento, via-se obrigada a pagar o serviço de um escriba. Cerca de 12 anos eram necessários para que alguém estivesse em condições de ler e escrever os cerca de 700 hieróglifos que eram comumente usados no decorrer do Império Novo.
O escriba sentava-se de pernas cruzadas e esticava o saiote feito de linho com os joelhos, de maneira a formar uma superfície plana sobre a qual pudesse escrever. Segurava o cilindro de papiro com a mão esquerda e, se estivesse escrevendo em colunas verticais, principiava a escrita na extrema direita do rolo e ia acrescentando coluna após coluna à medida em que o desenrolava. Outro método era empregado para escrever em linhas horizontais. Nesse caso ele escrevia a primeira linha no tamanho que lhe aprouvesse e, a seguir, as demais linhas da mesma dimensão, até chegar ao pé da página. Então, desenrolava mais um pedaço do papiro e redigia a página seguinte da mesma forma, mas não necessariamente da mesma largura.
As cores básicas da tinta usada eram o preto para o texto e o vermelho para marcar inícios de parágrafos ou capítulos. Outras cores como o branco, o verde, o azul ou o amarelo podiam ser empregadas, mas apenas para as vinhetas ornamentais e não para o texto em si.
A educação desses homens, feita geralmente em escolas pertencentes aos grandes templos, era bastante austera e, na maioria dos casos, lhes impunha um código moral elevado e bem intencionado.
Na imagem, o Escriba de Louvre, encontrado nas imediações de Saqqara, pertencente a IV Dinastia, e um poema que fiz em homenagem a estes que nos legaram tudo o que conhecemos sobre o Antigo Egito.
O escriba profissional era uma importante figura nos vários aspectos da administração do antigo Egito — civil, militar e religioso. A maioria dos egípcios não sabia ler e escrever e quando uma pessoa iletrada precisava redigir ou ler um documento, via-se obrigada a pagar o serviço de um escriba. Cerca de 12 anos eram necessários para que alguém estivesse em condições de ler e escrever os cerca de 700 hieróglifos que eram comumente usados no decorrer do Império Novo.
O escriba sentava-se de pernas cruzadas e esticava o saiote feito de linho com os joelhos, de maneira a formar uma superfície plana sobre a qual pudesse escrever. Segurava o cilindro de papiro com a mão esquerda e, se estivesse escrevendo em colunas verticais, principiava a escrita na extrema direita do rolo e ia acrescentando coluna após coluna à medida em que o desenrolava. Outro método era empregado para escrever em linhas horizontais. Nesse caso ele escrevia a primeira linha no tamanho que lhe aprouvesse e, a seguir, as demais linhas da mesma dimensão, até chegar ao pé da página. Então, desenrolava mais um pedaço do papiro e redigia a página seguinte da mesma forma, mas não necessariamente da mesma largura.
As cores básicas da tinta usada eram o preto para o texto e o vermelho para marcar inícios de parágrafos ou capítulos. Outras cores como o branco, o verde, o azul ou o amarelo podiam ser empregadas, mas apenas para as vinhetas ornamentais e não para o texto em si.
A educação desses homens, feita geralmente em escolas pertencentes aos grandes templos, era bastante austera e, na maioria dos casos, lhes impunha um código moral elevado e bem intencionado.
Na imagem, o Escriba de Louvre, encontrado nas imediações de Saqqara, pertencente a IV Dinastia, e um poema que fiz em homenagem a estes que nos legaram tudo o que conhecemos sobre o Antigo Egito.
sexta-feira, agosto 30, 2013
MAÇOM RICO & MAÇOM POBRE
MAÇOM RICO & MAÇOM POBRE
Perguntamos a você se existe Maçom Pobre.
Alguns responderam que "sim", outros que "não", e ainda outros nos taxaram de "babacas" (esses sim, são pobres ou talvez nem sejam maçons).
Mito e lenda, que maçom pobre não existe, que maçom nunca perde causa na justiça, que maçom nunca se aperta, pois basta fazer um "sinal secreto" e pronto. Lá estão os "irmãos" para auxiliar o apurado!
Como seria bom se essas lendas fossem reais!
Quem está do "lado de cá", sabe bem que isso é uma utopia, uma doce ilusão alimentada pelo romantismo dos que idealizam as instituições e os homens.
Se analisarmos com frieza e objetividade, veremos que a realidade é bem outra...
O Maçom, desde a sua iniciação, está obrigado a imprimir à sua existência um ritmo inflexível que o leve a cultuar a virtude.
Na sua ascensão contínua em busca da Verdade e do aperfeiçoamento de suas qualidades morais, tem ele quatro espécies de deveres a cumprir: Os da Moral Individual, os da Moral Doméstica; os de Caráter Cívico e os de Ordem Social.
Portanto meus amados, o Maçom verdadeiramente Rico é aquele que pratica a bondade e a caridade. É aquele que devota toda sua riqueza de caráter e material ao Grande Arquiteto do Universo e ao seu semelhante!
Já o Maçom Pobre, é todo aquele que tem Amor demasiadamente ao dinheiro, aos bens materiais e quando coisas valem mais do que pessoas!
Queridos, sejamos ricos ou pobres (materialmente) mas, sejamos sempre homens Ricos de Caráter, de Bons Costumes e verdadeiramente Livres!
domingo, julho 14, 2013
Os limites da Tolerância
Os limites da Tolerância
Quando se fala de Tolerância, é freqüente vir à baila a questão dos seus limites. Existe alguma tendência para se considerar existir algo de contraditório entre a Tolerância e a consideração de existência de limites á mesma. A meu ver, esta é uma falsa questão, que um pouco de reflexão facilmente resolve.
Antes do mais, é preciso entender que o conceito de Tolerância se aplica a crenças, a ideias, ao pensamento e respetiva liberdade, às pessoas e sua forma, estilo e condições de vida, mas nada tem a ver com o juízo sobre atos. Cada um de nós deve tolerar, aceitar e respeitar, independentemente da sua diferença em relação a si e ao seu entendimento, a crença alheia, as ideias e o pensamento de outrem, pois a liberdade de crença e de pensamento são expressões fundamentais da dignidade humana. Cada um de nós deve tolerar, aceitar e respeitar o outro, quaisquer que sejam as diferenças que vejamos nele em relação a nós, porque o outro é essencialmente igual a mim, não ferindo essa essencial igualdade as particulares diferenças entre nós existentes. Mas não é do domínio da Tolerância o juízo sobre os atos. O juízo sobre atos efetua-se em função da moral e das regras sociais e legais vigentes.
Explicitando um pouco mais: tenho o dever de aceitar alguém que pense de forma diferente da minha, que tenha uma crença religiosa diferente da minha, uma orientação sexual diferente da minha, um estilo de vida diferente do meu. Mas já não tenho idêntico dever em relação a atos concretos desse outro que se revelem violadores da lei, da moral ou da própria noção de Tolerância. Designadamente, não tenho que tolerar manifestações de intolerância em relação a mim, às minhas crenças e convicções, tal como não só não tenho que tolerar como não devo fazê-lo atos criminosos, cruéis, degradantes ou simplesmente violadores das consensuais regras de comportamento social.
Temos o dever de tolerar, de aceitar, a diferença - no estilo, nas idéias, nas crenças, no aspeto ou nas condições individuais. Por outro lado, temos o direito e o dever de ajuizar, de exercer o nosso sentido crítico, relativamente a ações concretas.
Ninguém vive isolado da Sociedade e todos têm de cumprir as regras sociais que viabilizam a sã convivência de todos com todos. Conseqüentemente, é uma simples questão de bom senso que devemos aceitar, valorizar, integrar as diferenças. Quem é diferente, tem direito a sê-lo. Quem pensa diferente, tem o direito de assim fazer. Mas, por outro lado, o direito à diferença não legitima a atuação desconforme com as regras sociais, legais, morais, em vigor na Sociedade em causa. Ninguém pode pretender só gozar das vantagens sem suportar os inconvenientes. Quem vive em Sociedade tem o direito de exigir que esta e os demais aceitem as suas diferentes idéias, conceções, condição. Mas tem o correlativo dever de respeitar as normas sociais, legais e morais vigentes. Se o não quiser fazer, deve afastar-se para onde vigorem normas que esteja disposto a seguir.
As Sociedades evoluem e é bom que assim seja. Também por isso é inestimável e rica a diferença. Também por isso devemos aceitá-la e aceitar que quem defende idéias ou conceções ou condições diversas da norma procure convencer os demais da bondade das suas escolhas. Isso é Liberdade, isso é Democracia. Nem uma, nem outra subsistem sem a indispensável Tolerância da Diversidade. Mas precisamente por isso - afinal porque quem quer e merece ser respeitado tem o dever de respeitar - o direito de defesa das idéias e convicções, o direito a tentar convencer os demais, o direito a pregar a evolução pretendida, não se confunde com qualquer pretensão de agir como se pretende, se em contrário da lei, do consenso social, da postura moral da Sociedade em que se está inserido.
Resumindo: a Tolerância obriga a respeitar a Diversidade e a diferença; impõe a aceitação da divulgação, da busca de convencimento, mesmo da propaganda das idéias ou conceções diversas. Mas não que se aceitem condutas prevaricadoras do que está legal e socialmente vigente - enquanto o estiver. Por isso entendo que os domínios da Tolerância e do Juízo sobre os atos concretos são diferentes. As idéias, as conceções, as condições confrontam-se, debatem-se, mutuamente se influenciam, enfim interagem no domínio da Liberdade e, assim, da mútua Tolerância. Os atos, esses, necessariamente que têm de respeitar o estabelecido enquanto estabelecido estiver. Se assim não for, o que é aplicável à violação do consenso social não é a Tolerância - é a Justiça, seja sobre a forma de Justiça formal, seja enquanto censura social seja no domínio do juízo individual.
Portanto, onde tem lugar a Tolerância, esta não tem limites. Onde há limites, sejam legais, sejam de normas sociais ou morais, não se está no domínio da Tolerância, mas no domínio do tão justo quanto possível juízo concreto sobre atos concretos.
Rui Bandeira
domingo, julho 07, 2013
Caixeiro Viajante
Caixeiro Viajante
Um rapaz simpático,
educado, de bons hábitos e bem sucedido na vida, exercendo a profissão de
caixeiro viajante, resolveu comemorar o seu noivado num restaurante discreto e
aconchegante em uma cidade com as mesmas qualidades.
Como já houvesse viajado muito não foi difícil encontrar a cidade
ideal. O rapaz partiu com sua namorada e a sua mãe, em direção à cidade
escolhida.
Após algumas horas de
viagem, chegaram à cidade Pedra Dura. Hospedaram-se e em seguida o rapaz
saiu à procura do restaurante ideal. Era cedo, manhã bonita e calma, andou
pelas ruas pacatas e encontrou um restaurante à beira de um riacho. Restaurante
3 Irmãos. O nome do estabelecimento lhe agradou. Deu, na porta do mesmo, três
pancadas. Em seguida uma voz respondeu-lhe às batidas: - Quem vem lá?
- Sou um cliente que
deseja tratar de um jantar comemorativo - respondeu o rapaz.
- Pois então entre. O
Viajante entrou e um homem simpático e educado o esperava no salão.
- Bom dia! -
cumprimentou o recém chegado, e perguntou-lhe: Sois garçom? Veio a
resposta:
- Meus clientes com
tal me reconhecem. - De onde viestes?
- De uma cidadã
chamada São João.
- O que faz na vida? -
Sou caixeiro viajante. Viajo a negócio e visito Lojas.
- Vens muito por aqui?
- Não muito esta é a minha 3ª Viagem.
- O que quereis? - Um
jantar para 3 pessoas em lugar reservado.
- Que tal entre
aquelas Colunas? É um lugar bem privativo.
- Parece-me bom.
Ficaremos entre elas. Muito sugestivo.
- O que beberão na
ocasião?
- Para minha mãe e
minha namorada uma taça de bebida doce. Eu prefiro um aperitivo.
- Pode ser Whisk?
Nacional ou Importado? Pode ser Escocês?
- Bem, se for antigo
eu aceito, mas gostaria que as mesas fossem bem ornamentadas.
- Podemos
ornamentá-las com romãs, ficam bonitas e exóticas. - E quanto as flores?
- Fique tranqüilo,
fazemos arranjos com rosas e espigas de milho.
- Pois então faça! Não
poupe nada, quero fartura e abundância. – Você estará aqui?
- Sim, trabalho do
meio dia à meia noite.
- Bem, pela conversa o
atendimento é bom. E o preço?
- O preço é justo
e o atendimento perfeito, mas qual é o seu nome? Salomão. - E o
seu?
- Hiram, sou
conhecido como “Hiram dos bifes”. Sou bom em corte de bifes. Meus
Irmãos
também atendem. Um chama-se Emmanuel
e o outro José, mas é conhecido por “Zé”.
- Você é desta Cidade?
- Não, também fui
caixeira viajante. Gostei tanto
desta cidade que
na minha 5ª
Viagem
resolvi ficar por aqui. E já faz 5 anos,
que acabei comprando este
restaurante. Olhe, meu
Irmão, no começo foi
difícil. Este estabelecimento era
mau visto, por
pertencia a três
Trapalhões chamados: Gilberto, Juberto
e Juberton. Fizeram
tantas trapalhadas que
acabaram assassinados.
- Olha Hiram, coloque
a mesa de minha mãe separada, para haver mais privacidade.
- E o seu Pai, não
vem? - Não, minha Mãe é viúva.
- Que coincidência! Eu
também sou filho de uma “viúva”. Minha Mãe chamava-se Acácia.
- Este nome me é
conhecido, tivemos uma ótima cozinheira com este nome.
- Bem já vou
indo. Logo mais
voltarei com elas.
Ah! Já ia
me esquecendo. Qual
é a
especialidade da casa? Churrasco. - Ótimo! –
É macio? - Sim, tão macio que a
carne se
desprende dos ossos.
- Ah! Senhor meu
Deus! Que maravilha, não posso perder! O lugar é seguro?
- Sim, temos dois
rapazes Expertos que cuidam disso. E no salão temos 2 Vigilantes.
- Parabéns, o seu
restaurante está coberto de qualidade, salve o adorável Mestre.
- Até logo, Saúde,
Força e União! Deus é Grande. Carpe Diem! Carpe Vita!
Fonte:
Transcrito do Boletim União, Juiz de Fora, Colaboração do Irmão Afonso Paschôa,
publicado no Informativo “O ESPIRRO DO BODE”, órgão de divulgação da Augusta,
Respeitável, Centenária e Benemérita Loja Maçônica Theodórica nº 154, Oriente
de Pequiri, Minas Gerais, Julho de 2006, Ano 15, nº 175.
quinta-feira, julho 04, 2013
LIVRO DA LEI E LANDMARKS
LIVRO DA LEI E LANDMARKS:
DEÍSMO - TEÍSMO - ATEÍSMO
Um
dos temas mais difíceis de serem abordados é Religião, Religiosidade, Crença ou
Fé. Quaisquer que sejam as formas, por mais simples ou complexas que se tenha
de abordar estes assuntos, sempre haverá a possibilidade de ferir
suscetibilidades de outrem, quer por fórum íntimo ou coletivo. Todos os que
crêem, de certo, acreditam ser a sua religião a certa, a correta.
De
antemão, jamais polemizo, em hipótese alguma, sobre dois temas, os quais, já
dou por definidos: quem pagará a conta do chope ou sobre a religião
de cada um. Declarada a opção, estou sempre de acordo. Porém, há algum tempo,
vivenciei intolerantes ações em diversas reuniões sobre questões relativas a
religiosidade ou a crenças, em diversas lojas, e que me levam agora a tecer
algum comentário sobre esses temas.
Em
certa ocasião ouvi um comentário, numa loja, sobre um Venerável Mestre que se
dizia estar querendo fazer de uma reunião uma sessão espírita.
Este
Venerável tinha como opção religiosa à doutrina Espírita. Tinha por hábito
levar um copo d água para colocá-lo sobre a mesa do sólio e solicitar nas
aberturas dos trabalhos que todos irmãos fizessem um minuto de silencio para a
mais absoluta concentração. Pior do que apenas os comentários eram a condenação
daqueles atos.
Se
este Venerável não professasse nenhuma crença (totalmente improvável), e
tivesse por estes atos nada mais alem do que saciar a sua sede ou
requerer dos irmãos o Maximo de atenção para uma perfeita sessão seria, por certo,
aceito as suas atitudes. Muito se confundem Ritos com Cultos.
Os ritos são necessários, não só para criar uma - ambientação particular
-, mas para agir por uma forma de impregnação do subconsciente, ao qual, eles
darão uma força e uma eficiência real aos trabalhos. Foram os comentários
apenas intolerância? Também.
O
mais crível é o desconhecimento do que é, e representa, o Livro da LEI para os
membros da maçonaria. O livro da Lei seria a Bíblia? O Alcorão? O Talmude? O
Veda Rig dos Hindus? O Zendavesta dos Masdeístas da Pérsia? Ou o Evangelho
Espírita de Allan Kardec? Eu diria: são estes e outros mais. É também uma das
imprescin-díveis luzes, juntamente com o Compasso e o Esquadro.
Segundo
o 21o. Landmark: É indispensável à existência, no Altar, de um
Livro da Lei , o Livro que, conforme a crença, se supõe conter a
verdade revelada pelo Grande Arquiteto do Universo. Não cuidando a Maçonaria de
intervir nas peculariedades de fé religiosa dos seus membros, esses livros
podem variar de acordo com os credos. Exige, por isso, este Landmark que um
Livro da Lei seja parte indispensável dos utensílios de uma
Loja . Afora os grifos meus, o texto é ipsis litteris dos LANDMARKS UNIVERSAIS
da Maçonaria, considerados como princípios fundamentais da Instituição.
Quando
eu coloquei entre parênteses a expressão totalmente improvável é
divido ao Landmark 19 que em síntese determina que a negação a uma crença é
impedimento absoluto e insuperável para a iniciação. Se assim não fosse (a
crença, a espiritualidade) poder-se-ia pensar em colocar sobre o Altar, no
caso, a nossa Constituição Federal ou o Código Civil Brasileiro. Em ambos
há inscrito códigos de ética moral e conduta. Quis, porem, os Landmarks
inscrever ou traçar um código de espiritualidade as reuniões. Esta
espiritualidade é criadora natural para condutas de comportamentos e do amor do
próximo a seus semelhantes.
Daí,
também, considerarmos fora de quaisquer questões ou discussões o ATEÍSMO. Por
outro lado temos que analisar a vista da crença de cada um, alguns aspectos que
dizem respeito aos fundamentos da sua religião. Deísmo ou Teísmo. No aspecto
deísta, rejeitam estes a revelação, ou conjunto de verdades sobrenaturais
manifestadas por Deus ao homem através da inspiração e
iluminação ou pelo ensino oral, comunicado aos patriarcas,
profetas, apóstolos e santos. É fórum íntimo. É semântica qualquer discussão.
Estes crêem em Deus pela natureza. Pela VIDA.
Enquanto
que no Teísmo existem mais dogmas. As maiorias das religiões teístas provem de
uma revelação divina. Por não discordar ou concordar com aquela ou esta
forma, tem minhas convicções que o fundamento maior estar em ser
crente. A crença é vital.
Certa
ocasião um irmão, hoje no oriente eterno, eu ainda um companheiro,
perguntador, me disse taxativamente: há na maçonaria coisas que
absolutamente não concordo, tais como: ser obrigado a se acreditar num Deus e o
veto das mulheres serem iniciadas. Disse ele ainda: isto fere o direito de
igualdade e o livro arbítrio. É acima de tudo ambos discriminatórios.
Companheiro ainda, inseguro, não sabendo se aquilo partindo de um Mestre
veterano seria uma pulha , um dito para me pegar, respondi:
não sei ler ou escrever estou aprendendo a soletrar.
Diria
hoje a aquele amado irmãozinho, o que sabia antes e pelo maior amadurecimento
sei hoje: olhando a natureza na sua complexa extensividade, tomando
conhecimento da extensividade infinita do universo e olhando a pequeníssima
ordenação destas duas naturezas, só posso acreditar que há, existe, uma
mão que da ordem a isso tudo, essa mão é de um DEUS. Essa
ordenação pura e simples sem um ordenador não me satisfaz.
O
homem sob todos os aspectos é um desígnio de Deus. No homem existe uma
aura já provada pelo método da fotografia Kirlian. Esta aura, sob
algum aspecto, é a alma que imanta o corpo. Por ela se podem determinar regiões
pobres em energias, doentes, sobre o seu corpo vital. Ora, se
assim, tão fisicamente é crível determinar estas energias, quão não será
através da fé.
Em
verdade ver-se-á numa loja em quaisquer reuniões aqueles que estão cheios de
energias, saudáveis , capazes de imantar os mais pobres por estas
saudáveis energias. Por isso, considero saudável, quiçá obrigatório, que o
Mestre Arquiteto energize o templo para que ao adentrar todos possam receber
estas energias possíveis. Para isso é necessário crer.
Quando no altar do livro da lei, sobre o Orador, que o abrirá, se forma uma cobertura trapezoidal, o pálio imaginário, é para proteção das energias negativas e angariar positivas energias do alto. Energias espirituais. Este trapézio tem suas dimensões formadas pelos bastões dos irmãos 1o. e 2o. Diáconos, o bastão do irmão Mestre de Cerimônia e a coluna do altar do Livro da Lei.
Quando no altar do livro da lei, sobre o Orador, que o abrirá, se forma uma cobertura trapezoidal, o pálio imaginário, é para proteção das energias negativas e angariar positivas energias do alto. Energias espirituais. Este trapézio tem suas dimensões formadas pelos bastões dos irmãos 1o. e 2o. Diáconos, o bastão do irmão Mestre de Cerimônia e a coluna do altar do Livro da Lei.
Como
então desprezar esta ou as oportunidades? Porque não se fazer o mínimo dos
esforços para que os trabalhos possam ter esta magnetização para o bem comum.
Todos sairão imantados de energias positivas. É só crer.
O
que se requer para isto. O mínimo. A Fé e a Tolerância.
Humildemente,
como eterno aprendiz.
Fernando
Guilherme Neves Gueiros,
M.'.M.'., R.'.L.'. Sphinx
Paulistana, Paulista - PE BRASIL.
Ateísmo
-Doutrina dos ateus; agnosticismo, descrença.
Agnosticismo
-1 Qualquer doutrina que afirma a impossibilidade de conhecer a natureza última
das coisas. 2 Doutrina que afirma a impossibilidade de conhecer a Deus e a
origem última do Universo.
Crença
-1 Ato ou efeito de crer. 2 Fé religiosa. 3 Opiniões que se adotam com fé e
convicção. 4 Crédito diplomático.
Culto
-1 Que se cultivou; cultivado. 2 Ilustrado, instruído, sabedor. 3 Civilizado. 4
Esmerado: Linguagem culta. Antôn: inculto. sm 1 Forma pela qual se presta
homenagem à divindade; liturgia. 2
A religião: Culto católico, culto protestante. 3
Cerimônias religiosas. 4 Veneração. C. externo: cerimônias e festividades
religiosas. C. interno: o que se rende a Deus por atos interiores da
consciência.
Deísmo
- Sistema dos que crêem em Deus, mas rejeitam a revelação.
Deísta
- Sectário ou pessoa sectária do deísmo; deícola.
Fé
-1 Crença, crédito; convicção da existência de algum fato ou da veracidade de
alguma asserção. 2 Crença nas doutrinas da religião cristã. 3 A primeira das três virtudes
teologias. 4 Fidelidade a compromissos e promessas; confiança: Homem de fé. 5
Confirmação, prova. 6 Testemunho de certos funcionários que faz força nos
tribunais; confirmação de um teste-munho.
Religião -1 Serviço ou culto a Deus, ou a uma divindade qualquer, expresso por meio de ritos, preces e observância do que se considera mandamento divino. 2 Sentimento consciente de depen-dência ou submissão que liga a criatura humana ao Criador. 3 Culto externo ou interno pres-tado à divindade. 4 Crença ou doutrina religiosa; sistema dogmático e moral. 5 Veneração às coisas sagradas; crença, devoção, fé, piedade. 6 Prática dos preceitos divinos ou revela-dos. 7 Temor de Deus. 8 Tudo que é considerado obrigação moral ou dever sagrado e inde-clinável. 9 Ordem ou congregação religiosa. 10 Ordem de cavalaria. 11 Caráter sagrado ou virtude especial que se atribui a alguém ou a alguma coisa e pelo qual se lhe presta reverên-cia. 12 Conjunto de ritos e cerimônias, sacrificais ou não, ordenados para a manifestação do culto à divindade; cerimonial litúrgico. 13 Filos Reconhecimento prático de nossa depen-dência de Deus. 14 Filos Instituição social com crenças e ritos. 15 Filos Respeito a uma re-gra. 16 Sociol. Instituição social criada em torno da idéia de um ou vários seres sobrenatu-rais e de sua relação com os homens. 17 Mística ou ascese
Religião -1 Serviço ou culto a Deus, ou a uma divindade qualquer, expresso por meio de ritos, preces e observância do que se considera mandamento divino. 2 Sentimento consciente de depen-dência ou submissão que liga a criatura humana ao Criador. 3 Culto externo ou interno pres-tado à divindade. 4 Crença ou doutrina religiosa; sistema dogmático e moral. 5 Veneração às coisas sagradas; crença, devoção, fé, piedade. 6 Prática dos preceitos divinos ou revela-dos. 7 Temor de Deus. 8 Tudo que é considerado obrigação moral ou dever sagrado e inde-clinável. 9 Ordem ou congregação religiosa. 10 Ordem de cavalaria. 11 Caráter sagrado ou virtude especial que se atribui a alguém ou a alguma coisa e pelo qual se lhe presta reverên-cia. 12 Conjunto de ritos e cerimônias, sacrificais ou não, ordenados para a manifestação do culto à divindade; cerimonial litúrgico. 13 Filos Reconhecimento prático de nossa depen-dência de Deus. 14 Filos Instituição social com crenças e ritos. 15 Filos Respeito a uma re-gra. 16 Sociol. Instituição social criada em torno da idéia de um ou vários seres sobrenatu-rais e de sua relação com os homens. 17 Mística ou ascese
Religiosidade
-1 Sentimento da religião; tendência natural para a adoração do que se reputa
divino ou superior a nós. 2 Qualidade de religioso. 3 Sentimento de escrúpulos
religiosos. 4 Conjunto dos sentimentos religiosos. 5 Exatidão ou pontualidade
no cumprimento e execução dos a-tos e deveres de cada um; fidelidade,
probidade, retidão, zelo. 6 Piedade, temor de Deus, espírito de oração. 7
Virtude específica dos membros de ordens, congregações e institutos religiosos;
observância das Santas Regras. 8 Religião.
Ritos
-1 Conjunto de cerimônias e fórmulas de uma religião e de tudo quanto se refere
ao seu culto ou liturgia. 2 Cerimonial próprio de qualquer culto. 3 Culto,
religião, seita. 4 Ordem ou conjunto de quaisquer cerimônias. 5 Sistema das
fórmulas e práticas das organiza-ções maçônicas. R. de iniciação, Sociol: cerimônias,
de caráter religioso ou não, realizadas na admissão de um indivíduo a uma
sociedade ou associação: Ritos de puberdade. R. de na-talício, Sociol:
solenidade realizada entre os povos antigos e os selvagens, por ocasião do
nascimento de um filho, a fim de purificar mãe e filho e dar a este força e
energia.
Teísmo
- Crença na existência de Deus e em sua ação providencial no Universo.
Teístas
-1 Que acredita na existência de Deus. 2 Pertencentes ou relativos ao
teísmo: Doutrina teísta. Pessoa que acredita
na existência de Deus.
Assinar:
Postagens (Atom)